sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Solidariedade e compaixão são percebidas como ameaça pela China

Solidariedade e compaixão são percebidas como ameaça pela China. A convite das autoridades locais, o Dalai Lama vai a Taiwan para levar fraternidade, consolo e inspiração às vítimas do tufão que varreu à ilha. O governo da China apressou-se em condenar o ato, percebido como manobra política do líder exilado que propugna pela secessão da Região Autônoma do Tibete, parte inalienável do território "chinês".



Noticiário - Seleção Diária de Notícias Nacionais - 28/08/2009

O Estado de S. Paulo

Assunto: Internacional
Título: 1r Visita do dalai-lama enfurece Pequim
Data: 28/08/2009
Crédito:

A agência de notícias estatal Nova China disse ontem que Pequim se opõe "resolutamente" à decisão do governo taiwanês de permitir a visita do dalai-lama a Taiwan. Um porta-voz do governo chinês afirmou que a visita é "uma tentativa de sabotar as relações entre os dois governos". Taiwan concedeu permissão para que o dalai-lama fosse à ilha para consolar as vítimas do tufão Morakot, que matou mais de 600 pessoas.



Noticiário - Seleção Diária de Notícias Nacionais - 28/08/2009

Folha de S. Paulo

Assunto: Mundo
Título: 1h Visita do dalai-lama a Taiwan contraria governo da ChinaData: 28/08/2009
Crédito: da Associated Press

da Associated Press
QUESTÃO TIBETANA

O governo da China declarou ontem que se "opõe firmemente" à visita do dalai-lama, líder político e espiritual tibetano, a Taiwan na próxima semana. A viagem, autorizada pelo presidente taiwanês, Ma Ying-jeou, vai de encontro à recente reaproximação entre os governos de Pequim e Taipei.
Já prevendo o descontentamento chinês, Ma dissera, ao anunciar a visita, que o dalai-lama irá apenas por motivos religiosos. Segundo o governo, de segunda a quinta-feira, o líder budista rezará "pelas almas dos mortos e pelo bem-estar dos sobreviventes" do tufão Morakot, que deixou estimados 650 mortos no país este mês.
A China tem como regra se opor a visitas do dalai-lama a países aliados a ela, além de desaprovar contato do líder tibetano com autoridades governamentais. Em 1959, o dalai-lama liderou um levante para a independência da Província chinesa do Tibete e, após fracasso, teve de fugir para o exílio na Índia. Mesmo longe, ele segue militando pela autonomia do Tibete.
A autorização da viagem surpreendeu os chineses porque Taiwan não permitira a visita do dalai-lama no fim de 2008, quando ele manifestara intenção de viajar.
Na época, a decisão teve o intuito de agradar Pequim, segundo analistas, já que o atual presidente taiwanês, diferente de seu antecessor, vem buscando melhorar a litigiosa relação com a China, que considera Taiwan uma Província rebelde, autônoma desde a guerra civil de 1949.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

A "estabilidade política" volta a ser a prioridade das autoridades da "sociedade harmoniosa". Dessa vez, entretanto, não são vítimas apenas tibetanos e uigures, entre outras minorias, senão também chineses han e, em particular, corajosos juristas e ativistas que, em nome dos Direitos Humanos e do Estado Democrático de Direito, denunciam os abusos e as maquinações do Judiciário da RPC. Confiram matéria abaixo.



Noticiário - Seleção Diária de Notícias Nacionais - 18/08/2009

Valor Econômico

Assunto: Internacional
Título: 1k Por estabilidade social, Pequim amplia repressão
Data: 18/08/2009
Crédito: Kathrin Hille

Kathrin Hille, Financial Times

Quando Tan Zuoren, um militante chinês acusado de subverter o poder do Estado, foi a julgamento ontem, deveria ter contado com a presença de um apoiador famoso: Ai Weiwei, o artista irreverente que projetou o Ninho do Pássaro, o deslumbrante estádio olímpico da China, chegou a Chengdu para se apresentar como testemunha e explicar que, ao investigar o desabamento de escolas no terremoto ocorrido em Sichuan no ano passado, Tan não fez nada errado.

Ai disse ao "FT" que às 3 horas da madrugada a polícia entrou à força no seu quarto de hotel, o esbofeteou e o deteve até o término do julgamento, na hora do almoço. No tribunal, enquanto isso, o juiz se recusou a ouvir a defesa ou a admitir qualquer uma de suas testemunhas ou evidências, de acordo com Wang Qinghua, mulher de Tan, e Pu Zhiqiang, seu advogado.

"Autoridades se apoderando do seu rol de testemunhas, passando a assediar as testemunhas e trancafiá-las - isso é uma desgraça para os tribunais na China. Mas essa é a situação do nosso sistema judicial", disse Pu.

Nas semanas recentes, o Partido Comunista mostrou irritação com cidadãos que procuravam fazer valer os seus direitos por meio de queixas públicas e dos tribunais.

Grupos de defesa que prestam assistência e consultoria jurídica foram alvo de batidas ou tiveram suas atividades suspensas, militantes de direitos humanos têm sido detidos e indiciados e as licenças de mais de 50 advogados com histórico de assumir casos considerados politicamente delicados não foram renovadas.

Essa repressão é parte de um quadro mais amplo de enrijecimento político, num ano delicado. Os controles foram estreitados nas últimas semanas, enquanto a China se aproxima da terceira grande data do ano, o 60º aniversário da fundação da República Popular da China, em 1º de outubro.

Um dos motivos parece ser os distúrbios étnicos que abalaram Urumqi, a capital de Xinjiang, no mês passado. Desde então, os quadros dirigentes do PC recuperaram uma palavra de ordem amplamente usada em períodos de crise: "Estabilidade é a maior prioridade".

Tanto Hu Jintao, presidente da China, como Wen Jiabao, o premiê, estão atentos à frase, que foi cunhada por Deng Xiaoping após as medidas de repressão de Tiananmen em 1989, diz Qian Gang, ex-editor-geral do jornal reformista "Southern Metropolis Daily".

"Sob a liderança de Hu e Wen e, especialmente desde a introdução do termo político 'sociedade harmoniosa', em 2004, o lema 'estabilidade é a maior prioridade' raramente tem sido visto. Mesmo durante e depois da insurreição de 2008 no Tibete, a frase não estava em nenhum lugar no jornal oficial do partido, o 'Diário do Povo'", escreveu Qian, no mês passado.

Recentemente, diz ele, "a frase tem sido adotada amplamente por líderes de Províncias e de cidades por todo o país, como uma espécie de arma mágica".

Autoridades regionais em Xinjiang endureceram as medidas de segurança, estimulando moradores a denunciar uns aos outros, e aumentaram as restrições impostas a hotéis e viagens. Estas medidas estão se disseminando a regiões tradicionalmente mais liberais. Hotéis em Hebei, Xangai e Guangzhou informaram na semana passada que a polícia local havia ordenado que não aceitassem hóspedes uigures ou tibetanos.

O clima mais severo foi reproduzido na internet com a censura extrema a redes de relacionamento social na China.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Petição em prol do povo da Birmânia

Avaaz.org - The World in Action
Amig@s,

A Prêmio Nobel da Paz e ícone pró-democracia da Birmânia, Aung San Suu Kyi foi sentenciada esta semana a mais um ano e meio de prisão.


O caso da Aung San Suu Kyi é só uma fração da brutalidade do regime militar da Birmânia: são 40 anos de assassinatos, tortura, estupro em massa e trabalho escravo.

Avaaz está lançando um chamado para o Conselho de Segurança da ONU pedindo a investigação da junta militar por crimes contra a humanidade. Um veredicto culpado poderá indiciar generais de alto escalão. Clique abaixo para assinar a petição e ver o banner que será colocado na frente da ONU:

http://www.avaaz.org/po/jail_the_generals

Dentro dos próximos meses o Reino Unido e Estados Unidos terão a poderosa presidência do Conselho de Segurança da ONU. Agora é o momento exato para pressionar o Conselho de Segurança a agir.

A pressão para a investigação e julgamento dos generais Birmanês está aumentando. Um relatório recente feito para Universidade de Harvard por juristas globais sênior, revelam que a ONU já documentou secretamente o recrutamento de dezenas de milhares de crianças soldado, mais de um milhão de refugiados e populações deslocadas, numerosos casos de assassinatos, tortura, estupro em massa e a expulsão de 3000 aldeias de minorias étnicas – tantos casos quanto Darfur. O povo da Birmânia precisa urgentemente de apoio internacional, participe do chamado para levar os generais ao tribunal:

http://www.avaaz.org/po/jail_the_generals

A comunidade da Avaaz apoiou o povo da Birmânia em momentos críticos como a devastação do ciclone Nargis, a forte repressão à marcha dos monges em 2007 e apelando para a libertação dos presos políticos. Com o nosso apoio global teremos a chance de influenciar o órgão mais poderoso da lei internacional - o Conselho de Segurança da ONU - e finalmente levar justiça para a Birmânia. Assine a petição e depois encaminhe este alerta para seus amigos e familiares:

Com esperança,

Alice, Ricken, Brett, Graziela, Paula, Paul, Pascal e toda a equipe Avaaz

Fontes:

Suu Kyi, símbolo de esperança democrática e ameaça à junta militar de Mianmar:
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5jxUwQws5D0TGFzfEEZ45o1UtlT8w

Corte prolonga prisão de líder opositora de Mianmar:
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,corte-prolonga-prisao-de-lider-opositora-de-mianmar,416980,0.htm

Junta Militar afasta Suu Kyi das eleições de 2010:
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/530433

Conselho de Segurança terá reunião de emergência sobre Suu Kyi:
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1262848-5602,00-CONSELHO+DE+SEGURANCA+TERA+REUNIAO+DE+EMERGENCIA+SOBRE+SUU+KYI.html