terça-feira, 26 de maio de 2009

Pela paz e a não-violência no Sri Lanka


Face ao desastre humanitário causado pela violência cega de ambos os lados envolvidos na guerra civil no Sri Lanka, que o governo cingalês declarou terminada após a matança e a fuga em massa de milhares de civis, que se encontram atualmente apinhados em campos de refugiados sem nenhuma infraestrutura básica, sem água, alimentos e assistência médica, em condições higiénico-sanitárias precárias e na maioria dos casos sem possibilidade de acesso por parte dos voluntários das organizações internacionais, divulgamos o apelo pela paz e a não-violência - em inglês - do maior movimento popular do Sri Lanka, de inspiração ao mesmo tempo budista e gandhiana: o Sarvodaya Shramadana Movement.

Statement by Sarvodaya on End of Violent Conflict

Por Vinya Ariyaratne (Fundador e Diretor Executivo do Sarvodaya Shramadana Movement do Sri Lanka)

The conflict between the Sri Lankan Armed Forces and the LTTE has ended after nearly three decades of hostilities. Today the Government of Sri Lanka is in control of the entire land area of the conflict-ridden Northern Province.

From the early days of conflict Sarvodaya has always championed for the non-violent resolution to conflict and focused on serving civilian population affected by the violence. We believe that non-violence is the only way we can solve differences and challenges in meaningful ways. As early as in 1983, Sarvodaya organized national dialogues to peaceful transformation of conflict and also organized relief programs to support people who suffered due to three decades of conflict. Over the years Sarvodaya led several programs at local and national level to find solutions to the crisis. At the same time, through our wide grassroots network we maintained a strong presence in the Northern and Eastern Provinces and served the affected population through our humanitarian programmes. We remain committed to our value of non-violence and believe that a genuine peace and reconciliation will require respect to each others concerns, values, culture, language, and heritage.

As the recent conflict began to escalate in 2006, Sarvodaya, along with other humanitarian organizations, lobbied for peaceful resolution to recent conflict. However, the final phase of this war had particularly disastrous consequences on the civilian population that was caught in its midst. As Sarvodaya, we acknowledge that civilians in the north suffered tremendous loss and injuries due to the conflict. And, as yet unknown number of lives were lost, injuries caused, and properties destroyed or damaged. A great deal of local and international effort was expended in trying to resolve the conflict through peaceful means, in order to prevent the adverse consequences to the civilian population. However, both parties could never come to an agreement on such a resolution.

As one of the few independent organizations with access to the displaced civilian population, Sarvodaya has played and continues to play a key role in providing humanitarian assistance such as cooked food, clothing, water and sanitation and child nutrition. Given the political and social context we operated in Sri Lanka, we made a conscious decision that our biggest contribution to the affected Tamil population at this given time would be to maintain a very strong presence on the ground in IDP camps and to ensure their access to essential services, medical care and justice.

We also acknowledge that an acute humanitarian emergency exists in the north today, where as many as 280,000 displaced civilians are being housed in temporary camps. In this light, we welcome the statement by President Mahinda Rajapaksa in which he said that the “war against the LTTE was not a war against the Tamil people” and that his government is committed to speedy resettlement of the displaced and a viable political solution is to follow.

While recognizing that for a number of reasons, IDP resettlement will require a prolonged engagement, we urge the government to begin the process as soon as possible in areas with none or low landmine risk. Sarvodaya is ready to become a strong partner in the resettlement process. We also stand committed to enhanced freedom of movement for the IDPs who are presently in camps. As an organization we believe that such freedom of movement is pre-requisite to the restoration of livelihoods and the rebuilding of lives and dignity. Sarvodaya hopes to engage its expertise in micro-finance and rural enterprise development to resuscitate the livelihoods and economy of this populace.

In addition to providing essential services, Sarvodaya in partnership with the Ministry of Health is conducting a special nutrition rehabilitation programme to combat moderate to severe malnutrition among children in displaced families.

Sarvodaya is already involved in the rehabilitation of a large number of underage combatants who are now in the care of the government of Sri Lanka. We are committed to their care and we hope to see a greater number of such young men and women being reintegrated to society.

We also recognize the loss and challenges faced by members of the armed forces and their families, a large proportion of whom come from economically poorer segments of our society. Many have laid down their lives or lost their limbs. Their families would require emotional, psychological and material support. The disabled combatants would require long term rehabilitation. Sarvodaya has a strong presence in rural villages in the South where such rehabilitation and reintegration can happen with maximum community participation.

Last, but not at all least, Sarvodaya believes that the way forward is through genuine reconciliation that leads to a proper healing process for the Tamil community. Sarvodaya’s national reawakening programme, Deshodaya, which is a grassroots governance process involving local opinion leaders from all Sri Lankan communities, could become of platform and a locally produced political solution that will address the core issues and the root causes of the three-decade long conflict that has scarred or nation.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Compreensão e compaixão são o caminho: religando às tradições espirituais à sua essência


Por Antonino Condorelli


Religião vem de religar, reconectar. Reconectar ao quê? À nossa natureza mais profunda, à nossa essência. Religar o nosso corpo, a nossa mente e as nossas emoções; nos religar ao outro, à espécie humana; nos religar à natureza, a todas as espécies vivas e inanimadas, aos animais, os vegetais e os minerais.


Se olharmos cuidadosamente para nós mesmos, perceberemos que não estamos sós: se soubermos tocar profundamente o nosso corpo, com atenção plena, veremos que todas as gerações passadas de nosso ancestrais, todas as gerações futuras que surgirão a partir de nós estão presentes em cada uma de nossas células; veremos que ele contém a nossa mente, porque tudo o que pensamos, sentimos, falamos e fazemos manifesta-se em nossa carne, traduz-se em sensações, em saúde ou doença; veremos que contém todas as pessoas, assim como a água da chuva, o solo, os minerais, tudo o que fez com que os alimentos que ingerimos ao longo da nossa vida chegassem até nós, incluindo o trabalho de quem os produziu e trouxe à nossa mesa, os alimentos que nutriram estas pessoas, as gerações passadas que possibilitaram a existência delas; veremos que contém o sol, que sustenta e torna possível a nossa vida; veremos que contém a história do universo, desde o big bang, porque absolutamente tudo o que aconteceu até hoje fez com que estejamos onde nos encontramos neste exato momento. Nós não existimos por nós mesmos: nós “interexistimos” com tudo o mais, intersomos.


Continua...


Clique aqui e leia na íntegra o discurso pronunciado pelo idealizador da Rede Brasileira de Budistas Engajados e membro da Sangha de Natal/RN informalmente ligada à Ordem do Interser de Thich Nhât Hanh no evento de lançamento do Fórum Potiguar de Diálogo Inter-Religioso, que aconteceu no Plenarinho da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte em 14/05/2009.

6 dias para libertar Aung San Suu Kyi


Car@s amig@s,

Avaaz.org - The World in ActionAung San Suu Kyi, líder pró-democracia e vencedora do Prêmio Nobel da Paz, acabou de receber novas acusações dias antes do fim do cumprimento da sua pena de 13 anos de prisão. Ela e outros milhares de monges e estudantes foram presos por desafiarem pacificamente a ditadura brutal de seu país, a Birmânia (Mianmar).

Mesmo correndo o risco de sofrer uma retaliação dos militares, os ativistas da Birmânia estão organizando um movimento global pela libertação de Aung San Suu Kyi e de todos os prisioneiros políticos do país. Nós temos apenas 6 dias para ajudá-los a conseguir uma quantidade gigantesca de assinaturas, que serão apresentadas para o Secretário Geral da ONU – Ban Ki Moon semana que vem. A petição pede que ele dê prioridade máxima à libertação dos presos, impondo a libertação como condição para qualquer engajamento com a junta militar. Clique no link para assinar e encaminhe este email para seus amigos, só com um grande número de assinaturas poderemos garantir a libertação de Aung San Suu Kyi e de todos os presos políticos da Birmânia:

http://www.avaaz.org/po/free_aung_san_suu_kyi

No dia 14 de maio, Aung San Suu Kyi foi enviada para o presídio acusada de permitir a entrada de um homem norte-americano em sua casa, violando assim sua prisão domiciliar. A acusação é absurda pois a casa é cercada por guardas militares que são justamente os responsáveis pela guarda do local. Está claro que as acusações recentes são um pretexto para mantê-la presa durante as eleições de 2010.

O regime militar da Birmânia é conhecido pela repressão violenta a qualquer ameaça ao controle militar total. Milhares de pessoas estão presas em condições desumanas, onde não há atendimento médico e onde a prática de tortura e outros abusos são freqüentes. Há uma repressão violenta a grupos étnicos e mais de 1 milhão de pessoas já fugiram do país.

Aung San Suu Kyi é a maior ameaça ao poder da junta militar. Ela é a maior líder do movimento pró-democracia e teve uma vitória esmagadora sobre a junta nas eleições de 1990, sendo portanto a candidata mais forte às eleições programadas para o ano que vem. Ela tem sido presa continuamente desde 1988 – e apesar de estar sob prisão domiciliar, ela não tem contato nenhum com o mundo exterior. No presídio Insein onde ela foi levada semana passada não existe atendimento médico o que significa um enorme risco para as suas graves condições de saúde.

Fontes dizem que o movimento global que está emergindo para pressionar a ONU já está intimidando a junta militar. Mais de 160 exilados da Birmânia e grupos de solidariedade em 24 países estão participando desta campanha. O Secretário Geral da ONU e líderes regionais chaves que estão em contato com o regime militar da Birmânia podem influenciar o destino destes presos políticos. Semana passada o Secretário Geral Ban Ki Moon disse: “Aung San Suu Kyi e todos aqueles que podem contribuir para o futuro do país devem ser libertos”. Vamos surpreender o Ban Ki Moon com um chamado global massivo, pedindo que ele aja de acordo com as suas palavras e faça algo para acabar com a brutalidade militar, assine agora a petição:

http://www.avaaz.org/po/free_aung_san_suu_kyi

Assim como a libertação do Nelson Mandela, a liberdade de Aung San Suu Kyi depois de anos de uma detenção injusta, poderá representar um novo começo para a Birmânia, trazendo a esperança da democracia. Esta semana poderá se tornar um momento histórico – vamos mostrar nosso apoio à Suu Kyi e aos corajosos homens e mulheres que lutam pela democracia – demande sua libertação já!

http://www.avaaz.org/po/free_aung_san_suu_kyi

Com esperança,

Alice, Brett, Ricken, Pascal, Graziela, Paula e toda a equipe Avaaz


Para saber mais sobre Aung San Suu Kyi leia:

Prisão onde Suu Kyi é julgada tem apelido de "fossa do inferno":
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1159335-5602,00-PRISAO+ONDE+SUU+KYI+E+JULGADA+TEM+APELIDO+DE+FOSSA+DO+INFERNO.html

Perfil: Aung San Suu Kyi é símbolo de resistência pacífica:
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/05/14/perfil-aung-san-suu-kyi-simbolo-de-resistencia-pacifica-755859903.asp

Ban está alarmado com a acusações contra Suu Kyi em Mianmar:
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5jr0GHlT32KuhsqxWbck6Dk4Ug5-w

Líder da Oposição democrática da Birmânia enfrenta julgamento:
http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=Lider-da-Oposicao-democratica-da-Birmania-enfrenta-julgamento.rtp&article=220465&visual=3&layout=10&tm=7

Começa julgamento de líder pró-democracia de Mianmar:
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/05/18/comeca-julgamento-de-lider-pro-democracia-de-mianmar-755911485.asp

Suu Kyi já não se fazem heroínas assim:
http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1235851&seccao=Leon%EDdio%20Paulo%20Ferreira&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco