domingo, 30 de março de 2008

Ato de solidariedade ao povo do Tibet


Esta é uma mensagem enviada em 29 de março à comunidade budista brasileira por Joaquim Monteiro, monge da escola Terra Pura. Ele foi uma das cerca de 30 pessoas que participaram dos protestos em prol do Tibet junto ao Consulado da China em São Paulo.

Prezados Irmãos do Dharma:

Participei hoje de tarde do ato de solidariedade ao povo do Tibet diante do Consulado da China. Como sempre, foram poucos os participantes e a organização dava muito a desejar, mas valeu a pena ter participado. Os participantes mantiveram um postura extremamente madura de perfeita não-violência que exclui por completo qualquer acusação de "baderna","desordem" ou "provocação". Essa maturidade contrastava fortemente com o enorme nervosismo dos funcionários do consulado, nervosismo completamente desproporcional diante da fraqueza numérica e organizacional do movimento com que se confrontavam. Além de atitudes completamente policialescas e injustificáveis, como a constante tirada de fotografias do movimento, era evidente o recurso do consulado a firmas de segurança particulares completamente inapropriadas para esse tipo de situação. Seria uma demonstração de uma competência política muito maior abrir um diálogo com os manifestantes, mas isso jamais ocorreria aos defensores da "harmonia social" pós-maoísta. (Que saudades que sinto nesses momentos das críticas de meu mentor intelectual, Prof. Noriaki Hakamaia, em relação ao caráter anti-budista da ideologia do "Wa".) Aprendi hoje antes de tudo a importância de correr riscos e "pegar o bonde andando": Budismo sem coragem, pensamento e ação não passa de fato de um pseudo-Budismo, possivelmente parecido com a coisa original mas indigno de comparação com ela. E é à retomada desses valores que aconselho fortemente aqueles que buscam pelo dharma em nosso país.

Sem mais, Gashô.
Joaquim Monteiro.
Shaku Shoshin.

"Quanto mais se ouve o Dharma,
mais ampla e profunda se torna a vida"
- Masanobu Tominaga (1915- ) -

sábado, 29 de março de 2008

Ação Urgente: Envie seus apelos o mais rápido possível


Divulgamos o seguinte chamamento recebido de Anistia Internacional

18 de março de 2008

TEMOR DE TORTURAS E DE OUTROS MAUS-TRATOS
CHINA

Samten, 17 anos, Monastério de Lungkar, Província de Qinghai

Trulku Tenpa Rigsang, 26 anos, Monastério de Lungkar, Província de Qinghai

Gelek Pel, 32 anos, Monastério de Lungkar, Província de Qinghai

Lobsang, 15 anos, Monastério de Onpo, Província de Sichuan

Lobsang Thukjey, 19 anos, Monastério de Onpo, Província de Sichuan

Tsultrim Palden, 20 anos, Monastério de Onpo, Província de Sichuan

Lobsher, 20 anos, Monastério de Onpo, Província de Sichuan

Phurden, 22 anos, Monastério de Onpo, Província de Sichuan

Thupdon, 24 anos, Monastério de Onpo, Província de Sichuan

Lobsang Ngodup, 29 anos, Monastério de Onpo, Província de Sichuan

Lodoe, 30 anos, Monastério de Onpo, Província de Sichuan

Thupwang, 30 anos, Monastério de Darthang

Pema Garwang, 30 anos, Monastério de Darthang

Tsegyam, 22 anos, Monastério de Kashi

Soepa, 30 anos, Monastério de Mangye


Segundo a informação difundida pelo Centro Tibetano para os Direitos Humanos e a Democracia, em 10 de março foram detidos 15 monges tibetanos por manifestar-se pacificamente em Barkhor, Lhasa, capital da Região Autônoma do Tibete. Não se dispõe de informação sobre o paradeiro nem sobre as acusações que possam ter sido apresentadas contra eles. É muito grande o perigo de que sofram tortura e outros maus-tratos.

Centenas de monges começaram na segunda-feira 10 de março uma marcha do Monastério de Drepung a Barkhor. Outro grupo, no qual estavam os 15 monges agora detidos, começou sua marcha no Monastério de Sera, mas logo foram detidos. Os monges pediam que o governo relaxasse a campanha de “reeducação patriótica”, em virtude da qual têm a obrigação de denunciar o Dalai Lama e estão submetidos à propaganda governamental.

Em apoio aos detidos, iniciaram-se protestos em outros monastérios. As manifestações, as quais se incorporaram pessoas alheias ao clero, propagaram-se depois por toda Lhasa, por outras partes do Tibete e por diversas áreas das províncias vizinhas de Qinghai, Gansu e Sichuan, que possuem numerosa população tibetana. Na sexta-feira dia 14, os protestos degeneraram em violência e alguns manifestantes atacaram e incendiaram especificamente comércios de propriedade chinesa e agrediram pessoas de outros grupos étnicos.

As autoridades chinesas instaram os manifestantes a entregar-se antes da meia-noite da segunda-feira 17 de março, e prometeram que quem o fizesse seriam tratado com indulgência. Segundo a informação disponível, hoje (18 de março) as ruas de Lhasa estavam tranqüilas e vazias.

A informação disponível assegura que policiais e soldados estão revistando Lhasa, casa por casa. Testemunhas informaram ter visto pessoas serem arrastadas de suas casas. Continuam, também, chegando informes sobre distúrbios nas províncias vizinhas de Sichuan e Gansu. Outros informes asseguram que alguns policiais e soldados chineses fizeram uso excessivo da força, incluindo força letal, contra os manifestantes tibetanos em Lhasa e outros lugares. É possível que sejam cometidas novas violações de direitos humanos, pois vários efetivos militares foram transferidos para a região.

As autoridades chinesas impuseram um bloqueio quase total sobre a informação que sai do Tibete e das áreas vizinhas. Em 12 de março pararam de emitir permissões para jornalistas que desejavam entrar no Tibete. Jornalistas foram expulsos ou proibidos de exercer sua atividade em alguns distritos das províncias de Gansu, Sichuan e Qinghai, onde se propagaram os distúrbios.

O governo chinês tem o direito e a obrigação de defender todas as pessoas e suas propriedades dos atos de violência. Ao mesmo tempo, o direito internacional obriga as autoridades a abordar tais crises de forma a respeitar os direitos humanos fundamentais e os princípios de necessidade e proporcionalidade no uso da força. Por exemplo, apenas deve-se fazer uso das armas de fogo como último recurso e quando haja vidas em perigo.

O Centro Tibetano para os Direitos Humanos e a Democracia conseguiu imagens de 14 dos monges detidos. Suas fotografias podem se vistas no site do Centro em: http://www.tchrd.org/press/2008/p001.html.

AÇÃO RECOMENDADA: Por favor, envie apelos, o mais depressa possível, em mandarim, em inglês ou em português:


- instando as autoridades a libertar os 15 monges citados acima, bem como as demais pessoas detidas por exercerem pacificamente seu direito à liberdade de expressão, de associação e reunião;

- instando as autoridades a divulgar o nome das pessoas que tenham sido detidas no curso das manifestações, garantindo que não sejam torturadas nem submetidas a outros maus-tratos, que tenham acesso a advogados e a atendimento médico, e a que compareçam, sem demora, perante um tribunal independente, tendo a oportunidade de impugnar sua detenção;

- instando a garantir que sejam apresentadas acusações reconhecíveis internacionalmente contra os acusados judicialmente, e que estes sejam julgados em processos que cumpram as normas internacionais de justiça processual;

- instando as autoridades a permitirem que jornalistas e outros observadores independentes tenham acesso pleno e irrestrito ao Tibete e a outras regiões tibetanas;

- instando que permitam à ONU realizar uma investigação independente sobre os acontecimentos de março, e que nessa autorização incluam o pleno acesso aos lugares dos confrontos, a testemunhas presenciais e a detidos, e se autorize também um acesso similar a observadores independentes, entre eles jornalistas e organizações não governamentais de direitos humanos.


POR FAVOR, ENVIE APELOS PARA:

Presidente da República Popular da China

President of the People’s Republic of China

HU Jintao Guojia Zhuxi

The State Council General Office

2 Fuyoujie, Xichengqu

Beijingshi 100017,

República Popular da China

Tratamento: Your Excellency / Sua Excelência


Presidente do governo da Região Autônoma do Tibete

Chairman of the Tibet Autonomous Regional People's Government

Qiangba PUNCOG Zhuren

Xizang Zizhiqu Renmin Zhengfu

1 Kang'angdonglu

Lasashi 850000, Xizang Zizhiqu,

República Popular da China

Tratamento: Dear Chairman / Exmo Senhor Presidente



Ministro de Segurança Pública da República Popular da China

Minister of Public Security of the People's Republic of China

MENG Jianzhu Buzhang

Gong’anbu

14 Dongchang’anjie

Dongchengqu, Beijingshi 100741,

República Popular da China

Fax: +86 10 63099216 (pode ser difícil comunicar-se com este número, favor insistir)

Tratamento: Your Excellency / Sua Excelência



E CÓPIA DOS APELOS PARA:


Prefeito de Lhasa, Região Autônoma do Tibete
Mayor of Lhasa Municipal People’s Government Tibet Autonomous Region

LOBSANG Gyaincain Shizhang

Lasashi Zizhiqu Renmin Zhengfu

16 Jinjulu, Lasashi 850000, Xizang Zizhiqu, República Popular da China

Tratamento: Dear Mayor / Exmo Senhor Prefeito



Embaixada da República Popular da China

SE Sr. Chen Duqing

Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário

SES Avenida das Nações quadra 813 lote 51

CEP: 70.443-900 – Brasília / DF

Fax: (61) 3346-3299

E-mails: chinaemb_br@mfa.gov.cn / china@opendef.com.br

Tratamento: Sua Excelência



MODELO DE CARTA:


À

HU Jintao Guojia Zhuxi

Exmo Presidente da República Popular da China



Escrevo para expressar minha preocupação pela detenção de manifestantes, inclusive os monges Samten, 17 anos, Trulku Tenpa Rigsang, 26 anos, Gelek Pel, 32 anos, Lobsang, 15 anos, Lobsang Thukjey, 19 anos, Tsultrim Palden, 20 anos, Lobsher, 20 anos, Phurden, 22 anos, Thupdon, 24 anos, Lobsang Ngodup, 29 anos, Lodoe, 30 anos, Thupwang, 30 anos, Pema Garwang, 30 anos, Tsegyam, 22 anos e Soepa, 30 anos, que teriam sido presos unicamente por exercerem pacificamente seu direito à liberdade de expressão, de associação e reunião.



Peço a S.Ex.ª que sejam divulgados os nomes e paradeiro das pessoas presas durante as manifestações ocorridas no Tibete e outras regiões tibetanas, e que os detidos tenham acesso a advogados e a atendimento médico, que compareçam sem demora perante um tribunal independente, e que tenham a chance de impugnar a detenção. Caso sejam abertos processos judiciais contra eles, solicito que sejam apresentadas acusações internacionalmente reconhecíveis, e que sejam julgados em processos que cumpram as normas internacionais de justiça processual. Além disso, apelo para que eles não corram riscos de serem submetidos à tortura ou a qualquer outro tipo de maus-tratos.



Apelo a S.Ex.ª, ainda, para que seja autorizado o acesso pleno e irrestrito de jornalistas e observadores independentes ao Tibete e a outras regiões tibetanas, e que o governo permita que a ONU realize uma investigação independente sobre os eventos ocorridos neste mês de março, com pleno acesso aos locais onde ocorreram os confrontos, a testemunhas e aos detidos. Solicito, ainda, que esta permissão seja estendida a observadores independentes, incluindo jornalistas e organizações não governamentais de direitos humanos.



Conto com sua especial atenção e agradeço, desde já, qualquer informação atualizada sobre a situação e apresento minhas cordiais saudações.



Respeitosamente,



(seu nome)

Brasil


COMO ESCREVER OS APELOS PARA AS AUTORIDADES:



1) Leia a seção "Ações Recomendadas" da Ação Urgente no mínimo duas vezes para se familiarizar com a lista específica de preocupações.



2) Seja breve. Geralmente uma página é suficiente para passar a mensagem e requerer a atenção de quem lê.



3) Vá aos fatos. Transmita os detalhes do caso como se você os conhecesse bem. Não discuta ideologia ou política. Sua mensagem precisa ser para o benefício da vítima e não para veicular suas próprias opiniões políticas. Atenha-se às orientações da AI.



4) Seja educado. Linguagem ofensiva não é efetiva. Presuma que a autoridade não está informada, mas está disposta a tentar remediar a violação dos direitos humanos.



5) Mostre respeito. É mais provável que você consiga reter a atenção do leitor mostrando respeito pela constituição e procedimentos judiciais de seu país. Se houver tido casos positivos no país (liberação de prisioneiros, por exemplo), isto pode ser brevemente reconhecido e saudado.



6) Seja claro na expressão de sua preocupação com a vítima. Você pode se mostrar fortemente contra a tortura ou outras injustiças praticadas contra um indivíduo e ainda mostrar um tom respeitoso na mensagem. Você pode presumir que a autoridade desconheça o caso da vítima e assim, mostrar sua grande preocupação com o erro que a envolve.



7) Escreva em português. É mais eficiente escrever suas mensagens em português, a menos que possa ser escrita na língua do país envolvido. Se você decidir traduzir sua mensagem para a língua do país, não deixe que isso diminua a rapidez de envio da mensagem. Lembre-se: trabalhamos com ações urgentes!



8) Escreva de modo claro. A autoridade precisa ler facilmente sua carta e, se ela for escrita à mão, assegure-se que seja simples e legível.



9) Use atalhos. Faça todo o necessário para fazer sua carta o mais rápido possível. Assim elas não serão deixadas de lado e poderão ser enviadas mais cedo. Por exemplo, no computador você pode fazer um arquivo genérico para cada tipo de preocupação expressas nas AUs (Ações Urgentes). Parágrafos sobre desaparecimentos, tortura, pena de morte, negação de cuidados médicos, etc, podem ser copiados para o arquivo de trabalho e editados, se necessário.


POR FAVOR, ENVIE APELOS IMEDIATAMENTE.

Consulte a RAU-Brasil (rau@br.amnesty.org) se for enviá-los após 29 de abril de 2008.


Caso recebam respostas de qualquer uma das autoridades sobre este caso ou de outras ações urgentes, por favor, enviem cópia para a RAU-Brasil:

e-mail: rau@br.amnesty.org

fax: (13) 3236-7320

Caixa Postal 2516

Santos – SP CEP 11021-970

sexta-feira, 28 de março de 2008

Dia de Mobilização Global pelo Tibet será em 31 de março: Entrega da petição da ONG internacional Avaaz ao governo chinês


Recebemos este email de Ricken Patel, representante da ONG internacional Avaaz, responsável pela petição em prol dos Direitos Humanos no Tibet que está correndo o mundo:

Amigos,

Em apenas 7 dias, 1 milhão de pessoas assinaram nossa petição pelos direitos humanos e diálogo no Tibete, se tornando a petição on-line que cresceu mais rápido na história! Depois de décadas de injustiça, o povo tibetano está demandando mudanças e a nossa petição mostra que o mundo está respondendo com uma solidariedade surpreendente a esse chamado.

Foi declarado o Dia de Mobilização Global pelo Tibete nesta segunda-feira dia 31 de março. Em apenas 4 dias, milhares de pessoas em várias cidades do mundo irão protestar em embaixadas e consulados da China, trazendo consigo nossa petição de 1 milhão de assinaturas. Nossa mensagem global e simultânea com certeza chamará a atenção do governo chinês.

Temos somente 4 dias até a entrega da petição, por isso estamos concentrando nossos esforços em dobrar nossa petição: será que podemos conseguir 2 milhões de assinaturas? Nossa mensagem já deu a volta ao mundo e com a sua ajuda podemos chegar ainda mais longe. Por favor, clique no link para assinar a petição e em seguida encaminhe este email para todos os seus amigos e familiares:

http://www.avaaz.org/po/tibet_end_the_violence/83.php/?cl=68285218

Embora alguns líderes linha dura da China têm atacado o Dalai Lama publicamente, muitos líderes chineses acreditam que o diálogo é a melhor esperança para estabilizar o Tibete. Governos ao redor do mundo começaram a pedir o diálogo e muitos sinais indicam que, se a pressão da sociedade civil global continuar, a China terá que ceder.

O presidente da China Hu Jintao valoriza a reputação da China perante o mundo e ele precisa ouvir que a marca “Made in China” e as Olimpíadas de Pequim só serão um sucesso se ele optar pelo diálogo ao invés da repressão. Uma avalanche de solidariedade global está se mobilizando para chamar sua atenção. Nossa petição reconhece as preocupações dos líderes chineses de que protestos e separatismo podem gerar uma perigosa instabilidade, porém nós apoiamos o posicionamento do Dalai Lama que afirma que o melhor caminho é o diálogo e respeito, ao invés da repressão.

Esta é a primeira oportunidade em décadas que vemos um movimento promissor para enfrentar as injustiças no Tibete, porém a atenção dá mídia pode durar pouco. Está na hora de aproveitarmos esse momento para divulgar a manifestação de solidariedade massiva que irá acontecer na segunda-feira, vamos usar todas as nossas forças para fazer dos próximos quatro dias um momento decisivo na história do Tibete.

Com esperança,

Ricken, Graziela, Ben, Iain, Pascal, Milena, Galit, Paul, Esra'a e toda a equipe Avaaz

segunda-feira, 24 de março de 2008

Protestos pelo Tibete no Rio de Janeiro: 26 e 30 de março


Conforme informação enviada pelo Monge Gabriel Jaeger, haverá uma manifestação pró-Tibet em frente ao Consulado da China, no Rio de Janeiro, na próxima quarta-feira, dia 26 de março.

Transcrevo alguns trechos do e-mail recebido:

Nesse momento em que o mundo se volta para a dor dos tibetanos, é de extrema importância que façamos movimentos pela paz no Tibet. Um grupo de amigos * do RJ está se mobilizando para que façamos um protesto PACÍFICO e silencioso em frente ao consulado Chinês nesta quarta feira , 12h e uma caminhada na praia no domingo dia 30/03, 11h (por favor vejam o convite anexo).

*O Marcos Prado (diretor da produtora ZAZEN que faz filmes de protesto como Tropa de Elite, Ônibus 174, Estamira, etc.) e o cantor Leoni, praticante como eu do budismo tibetano, é que tomaram a iniciativa e me convidaram para contactar as sangas para esta manifestação...

Além de apoiar uma causa mais que justa, esse é um símbolo de luta contra as torturas e perseguições oficiais em todo o planeta. É uma manifestação de cidadãos, não de governos ou partidos políticos.

Se você é do Rio de Janeiro, compareça e traga uma faixa preta para colocar sobre a boca ou sobre os olhos, como uma forma de protesto contra a censura de imprensa e de livre expressão. Você sabe que os jornais e a internet estão censurados ou bloqueados na China e no Tibet, e que os jornalistas estrangeiros não podem entrar no Tibet? Não existe mais notícia, só versão oficial dos fatos.

Se você não é do Rio, que tal organizar na sua cidade algo semelhante para fazer barulho com o seu silêncio na quarta-feira?

Nós podemos muito mais do que imaginamos. Com as manifestações populares pelo mundo, o diretor Steven Spielberg já desisitiu de dirigir a abertura das Olimpíadas, o governo chinês já admite negociar com o Dalai Lama e outros resultados positivos virão.

Manifeste–se.

POR FAVOR, O MOMENTO É ESSE! NOS PRONUNCIEMOS AGORA!
ENVIEM E-STE E MAIL PARA TODOS QUE PUDEREM E FAÇAMOS UMA CORRENTE... ESTAMOS FAZENDO , FAIXAS , GALHARDETES E CONVOCANDO TODOS OS CIDADÃOS PARA QUE MOSTREMOS A NOSSA TRISTEZA COM ESTE ATO TÃO DESUMANO.

Vamos nos pronunciar para acabar com esse HOLOCAUSTO QUE ESTÁ ACONTECENDO NO TIBETE...

Até quando vamos assistir a toda essa violência sem fazer nada?
O povo brasileiro sofre, mas tem autonomia de ir e vir, votar, ter a religião que quiser...

O povo tibetano perdeu sua pátria, sua dignidade, é escravizado, torturado e massacrado diariamente há mais de 50 anos... e, por questões políticas e econômicas o mundo não se pronuncia. ATÉ QUANDO!?

O Mundo está sangrando...

ESTE É UM ATO DE CIDADANIA....
AUTONOMIA PARA O TIBET JÁ!
DIREITOS HUMANOS PARA O TIBET , JÁ!
CHEGA DE SOFRIMENTO...

FIQUE NA PAZ

ANGELA MATTOS


O recado está dado. Toda a manifestação pacífica em prol da liberdade, da paz e do fim da violência no Tibet contribui para a formação de um mundo melhor.

sábado, 22 de março de 2008

Manifestação pelos direitos humanos no Tibete em São Paulo - 28 de março


Clique aqui e participe em iniciativas e ações de solidariedade com o povo tibetano promovidas dentro e fora do Brasil!


Estamos tod@s convidados a participar de uma manifestação pacífica em S
ão Paulo pela liberdade e os direitos humanos no Tibete.

A manifestação acontecerá na sexta-feira, dia 28 de março, a partir das 17:00, em frente ao Consulado da China, na rua Estados Unidos, 1071 (quase na esquina com a rua Peixoto Gomide).

Levem bandeiras do Tibete e faixas e convidem seus amigos.

A manifestação tem o intuito de chamar a atenção para a situação dos tibetanos, os direitos humanos e a violência exercida pela China desde 1950!

O mundo precisa reagir e se unir para transformar este lugar em um lugar mais digno, cheio de paz e harmonia.

Participem!

quinta-feira, 20 de março de 2008

Iniciativas pelos direitos humanos no Tibete


Reunimos aqui todas as iniciativas de solidariedade com o povo tibetano promovidas ou divulgadas neste blog até agora, reafirmando nosso convite a todas as pessoas sensíveis para que adiram e a elas e as multipliquem entre seus contatos.



E-mails de protesto à Embaixada da China no Brasil: para saber mais e aderir clique aqui.


Petição para o Presidente da China, Hu Jintao: para saber mais e assinar, clique aqui.


Petição ao Comitê Olímpico Internacional: para assinar clique aqui.


Petição às Nações Unidas: para assinar clique aqui.


Manifestaç
ões pelo Tibete em São Paulo: 23 de março, clique aqui; 28 de março, clique aqui.


Vigília pelo Tibete nas casas: para saber mais, clique aqui.


Que a paz reine no mundo e todos os seres estejam livres do sofrimento!

Lama Padma Samten fala sobre o Conflito no Tibet


Queridos todos,

Nós budistas estamos aspirando que haja uma solução pacífica para os recentes conflitos no Tibete. Esses eventos me lembram os anos 60 e 70, quando nós tivemos uma repressão muito grande também aqui no Brasil. Na medida em que o governo militar estabeleceu um regime de exceção, no qual a opinião da população não importava, sempre que a população se manifestava de algum modo havia um temor, um verdadeiro medo por partes das autoridades.

Agora, quando eu vejo as notícias, quando vejo as imagens que vêm do Tibete, me vêm à mente essas lembranças. É como se eu estivesse vendo nos chineses, os militares brasileiros dos anos de 60 e 70: um regime fechado, no qual as pessoas tinham grandes dificuldades de expressar suas opiniões. Era um tempo em que falar em paz ou anistia era uma grande subversão.

Quando eu vejo os monges tibetanos, pacificamente, manifestando o que eles acham melhor par o seu país, sua cultura, seus parentes e para o budismo, eu vejo o medo dos chineses de que, repentinamente, a população ache que possa ter opiniões, possa ter idéias. Não só as populações tibetanas dentro da China, mas também outras minorias poderiam eventualmente começar a se manifestar. Eu acredito que há uma tensão desnecessária.

Vocês observem o que aconteceu no Brasil: à medida que nós fomos liberando essa veia autoritária, esse processo autoritário, isso custou susto para muitas pessoas e para os militares também, mas o Brasil melhorou. Hoje nós somos capazes de expressar nossas opiniões sem sustos. Somos capazes de viver conflitos de opinião. Chegamos até mesmo a depor um presidente, sem que houvesse realmente um rompimento da ordem pública.

Nós podíamos rezar pelos chineses, para que eles pudessem passar por esse período de tremor de forma digna. Rezar para que eles não se valessem da violência, que abandonassem esses meios negativos e que pudessem acolher. Se os tibetanos são chineses, como eles consideram, porque não podem expressar suas opiniões? Que seja permitido aos tibetanos expressar suas idéias.

Na verdade, os governos se legitimam por sua capacidade de acolher a opinião do povo e expressar isso da melhor forma. Eu acho maravilhoso que os tibetanos tenham essa coragem, tenham essa disposição de se manifestar e expressar claramente o que eles aspiram. Do mesmo modo, eu aspiro que o governo chinês manifeste a coragem de acolher, conversar sobre isso e encontrar a forma adequada de resolver essas tensões, que são, na verdade, tensões mínimas.

O movimento dos monges é um movimento pacífico. A índole do povo tibetano é pacífica. Sua Santidade, o Dalai Lama, aspira o benefício de todos os seres. Neste momento, eu gostaria de pedir a todos vocês que dediquem suas práticas e seus pensamentos à longa vida de Sua Santidade, este grande mestre budista, um mestre da Paz, independente de sua condição de monge budista, completamente respeitado por todas as tradições religiosas, prêmio Nobel da Paz em 1989. Que nós possamos ter em mente essa obra extraordinária que ele tem feito e este exemplo de grande qualidade.

Em todos esses anos, desde a anexação do Tibete pela China, ele tem desenvolvido sempre uma atitude pacífica. Ele sempre se refere às autoridades chinesas como seus amigos de amanhã. Ele não desenvolve nenhuma animosidade, nenhuma hostilidade. Para os budistas seria muito estranho desenvolvermos hostilidade em relação aos nossos adversários, porque aqueles que lutam contra nós, que nos trazem grandes dissabores, grandes desafios, são nossos professores. É isso que Sua Santidade tem nos ensinado.

Eu aspiro que não nos falte essa compreensão; que não geremos sentimentos negativos, que não tornemos nosso coração apertado e excludente. Isso seria uma tristeza para o nosso grande mestre, que é Sua Santidade, o Dalai Lama. Nós não deveríamos permitir que a ação negativa de alguns tornasse o nosso coração negativo também. A maior batalha, a maior dificuldade, se dá dentro da nossa mente, de tal modo que nós possamos nos manter estáveis, lúcidos, sempre praticando as quatro qualidades incomensuráveis de Compaixão, Amor, Alegria e Equanimidade, em todas as direções.

Agora eu vou fazer a prece das Sete Linhas, aspirando que Sua Santidade mantenha a estabilidade, que os tibetanos tenham a coragem de seguir manifestando de um modo equilibrado e pacífico as suas opiniões e conquistem um espaço em que suas opiniões importem e que as autoridades chinesas conquistem a coragem de dialogar, de entender as opiniões de seus próprios cidadãos. Peço a todos que se unam a essa prece, porque ela tem poder. Com certeza, Guru Rinpoche, o protetor do Tibete, vai ajudar a todos. Peço que os praticantes de todos os CEBBs dediquem suas práticas e façam acumulação do mantra de Guru Rinpoche, aspirando uma resolução elevada para os fatos que nós estamos vivenciando.

Muito obrigado!

Lama Padma Samten

8 de março de 2008

Viamão, Rio Grande do Sul


Prece de Sete Linhas


HUNG OR DJEN IUL DJI NUB DJANG TSAM
HUNG

Na fronteira noroeste do país de Ordjen,
PE MA GUE SAR DONG PO LA
no coração de pólen de uma flor de lótus,
IA TSEN TCHOG GUI NGÖ DRUB NIEI
Você obteve o mais excelente e maravilhoso siddhi.
PE MA DJUNG NE JEI SU DRAG
Renomado como Aquele que Nasceu do Lótus,

KOR DU KA DRO MANG PÖ KOR
você está cercado por um séquito de muitas dakinis.
TCHED TCHI DJEI SU DAG DRUB TCHI
Enquanto pratico, seguindo seus passos,
DJIN DJI LOB TCHIR JEI SU SOL
Rogo que se aproxime para conceder suas bençãos!
GURU PE MA SI DI HUNG
Ó Guru Pema, conceda-me siddhis!

Façamos uma vigília pelo Tibete em todas as casas!


Estamos tod@s convidad@s a fazer uma vigília pelo Tibete em nossas casas, acendendo uma vela e um incenso na sexta-feira santa e recitando o Mantra da Grande Compaixão.

Nos sentimos tão impotentes longe... Mas se fizermos uma corrente e uma vigília, muito ajudará nossos irmãos que sofrem neste momento.

Para baixar em seu computador o Mantra da Grande Compaixão, clique aqui.

Segue a pronúncia:

namo ratna trayaya - namo arya gyana sagara - berotsana buha radzaya - tatagataya - arhate - samyaksam buddhaya - namo sarwa tatagatebhye - arhatebhye - samyaksam buddhebhye - namo arya awalokite - shoraya - bodhi satoya - maha satoya - maha karunikaya - tayata - om - dara dara - diri diri - duru duru - itte wate - tsale tsale - partsale partsale - kusume kusume ware - ihli mili - tsiti dzola - ahpanaye soha


Obrigado a tod@s!


OM MANI PADME HUNG

Enviemos cartas de protesto à Embaixada da China no Brasil!


Pedimos a todas as pessoas sensíveis ao drama que está sendo vivenciado pelo povo tibetano que escrevam um e-mail à Embaixada da China no Brasil manifestando a sua reprovação ao tratamento dispensado pelo regime de Pequim aos que participaram dos protestos e a população em geral.

O endereço para onde enviar o e-mail é chinaemb_br@mfa.gov.cn.


Abaixo propomos um modelo de e-mail, mas cada um sinta-se livre de enviar a mensagem que quiser:

Venho por meio desta mensagem manifestar minha indignação pelo tratamento dispensado pelo Governo chinês aos tibetanos que nos últimos dias manifestaram nas ruas reivindicando direitos que lhes são negados por Pequim desde 1951.

Junto a minha voz a de milhões de pessoas pedindo que o Governo chinês cesse as prisões, torturas e mortes de tibetanos em Lhasa e em todo o Tibet e também das províncias chinesas que anexaram partes do antigo Tibet independente.

Deixo claro que todos os protestos dos quais participo ou que apóio são de natureza pacífica e objetivam um diálogo igualmente pacífico entre o Governo chinês e o Governo tibetano em exílio.

Declaro, além do mais, que apoiarei o boicote dos jogos olímpicos de 2008 em Pequim até que haja mais liberdade para o Tibet e para a própria população chinesa.

Fraternalmente,

Nome competo, endereço de e-mail, cidade e Estado



Obrigado a tod@s e que as bênçãos estejam convosco.


OM MANI PADME HUNG

Comunicado à imprensa de S. S. o Dalai Lama


Gostaria de aproveitar essa oportunidade para expressar minha gratidão aos líderes mundiais e à comunidade internacional por sua preocupação com relação aos eventos recentes no Tibet e por suas tentativas em persuadir as autoridades chinesas no exercício da moderação ao lidar com as demonstrações.

Uma vez que o Governo Chinês tem me acusado de orquestrar tais protestos no Tibet, eu clamo por uma completa investigação da parte de algum órgão respeitável, o que deve incluir representantes chineses, a fim de investigar tais alegações. Tal órgão precisará visitar o Tibet, as áreas tradicionais tibetanas fora da Região Autônoma Tibetana e também a Administração Tibetana Central aqui na Índia. De forma que a comunidade internacional, e especialmente os mais de um bilhão de chineses que não têm acesso à informação não-censurada, possam saber o que realmente está acontecendo no Tibet seria de extrema ajuda que representantes da imprensa internacional também realizassem tais investigações.

Se intencional ou não, acredito que uma forma de genocídio cultural tem lugar no Tibet, onde a identidade tibetana passa por constante ataque. Os tibetanos foram reduzidos a uma insignificante minoria em sua própria terra como resultado da imensa transferência de não-tibetanos ao Tibet. A distinta herança cultural tibetana, com sua linguagem costumes e tradições características está desaparecendo. Ao invés de trabalhar pela unificação de suas nacionalidades, o governo chinês realiza uma discriminação contra as nacionalidades minoritárias, entre elas a dos tibetanos.

É conhecimento comum que os mosteiros tibetanos, os quais constituem nossos principais lugares de saber, além de serem repositórios da cultura buddhista tibetana, têm sido severamente reduzidos em número e população. Naqueles mosteiros que ainda existem, o estudo sério do Buddhismo Tibetano não mais é permitido; de fato, mesmo a admissão em tais centros de saber é estritamente regulada. Na realidade, não há liberdade religiosa no Tibet. Mesmo um chamado por um pouco mais de liberdade torna-se um risco de ser rotulado como separatista. Nem mesmo há qualquer real autonomia no Tibet, mesmo apesar de tais liberdades básicas serem garantidas na constituição chinesa.

Acredito que as demonstrações e protesto que ocorrem agora no Tibet são uma explosão espontânea do ressentimento popular acumulado por anos de repressão em reação a autoridades que são cegas aos sentimentos do povo local. Elas erroneamente acreditam que mais medidas repressivas são o caminho para conquistar seu objetivo declarado de unidade e estabilidade a longo prazo.

De nossa parte, permanecemos compromissados em seguir a abordagem do Caminho do Meio e buscar um processo de diálogo a fim de encontrar uma solução mutuamente benéfica para a questão tibetana.

Com tais pontos em mente, busco também o apoio da comunidade internacional em nossos esforços para resolver os problemas do Tibet por meio do diálogo, e incentivo que clamem às lideranças chinesas para que exerçam a máxima moderação em lidar com a situação turbulenta atual e tratem aqueles que têm sido presos de maneira apropriada e justa.


Dalai Lama


Dharamsala, 18 de março de 2008


Fonte: Comunidade Buddhista Nalanda


Para ler a mensagem original em inglês,
clique aqui.


Poste um
comentário e divida seu insight e suas considerações sobre o texto.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Manifestação pelo Tibete em São Paulo


Neste domingo, 23 de março, estamos tod@s convidad@s ao meio dia na Praça da Paz do Parque Ibirapuera, em São Paulo, para uma caminhada recitando mantas pela paz no Tibete.

Que as bênçãos estejam convosco!

OM MANI PADME HUNG

terça-feira, 18 de março de 2008

DIREITOS HUMANOS NO TIBETE - AÇÃO DIRETA


Mais petições que convidamos-lhes a assinar para pedir o fim da brutal repressão chinesa no Tibet, o respeito dos direitos humanos por parte de Pequim e o diálogo com os tibetanos:


Petição ao Comitê Olímpico Internacional: clique aqui.


Petição às Nações Unidas: clique aqui.


Que as bênçãos estejam convosco!


OM MANI PADME HUNG

DIREITOS HUMANOS NO TIBETE - AÇÃO DIRETA


Assine esta petição para o Presidente da China, Hu Jintao, pedindo o respeito dos direitos humanos no Tibete e o diálogo de Pequim com o povo tibetano!


A organização-não-governamental internacional Avaaz está lançando uma petição, que conta já com milhares de assinaturas, que será enviada em breve para o Presidente da China, Hu Jintao. Convida aqueles que são sensíveis ao sofrimento dos tibetanos e ao sofrimento humano em geral a assinarem a petição, que pede ao governo chinês o respeito dos direitos humanos em sua resposta aos protestos no Tibete e a abertura de um diálogo com os tibetanos.


Eis o texto da petição:


Petição para o Presidente chinês Hu Jintao:


Como cidadãos do mundo, nós o convidamos a mostrar controle e respeito pelos direitos humanos em sua resposta aos protestos no Tibete, e a tratar do que interessa a todos os tibetanos através de um diálogo aberto com o Dalai Lama. Apenas o diálogo e a reforma trarão a estabilidade definitiva. O futuro mais promissor da China, assim como sua relação mais positiva com o mundo, jaz no desenvolvimento harmônico, no diálogo e no respeito.


Para assinar a petiç
ão, clique aqui.


Texto original da petição em inglês:


Petition to Chinese President Hu Jintao:


As citizens around the world, we call on you to show restraint and respect for human rights in your response to the protests in Tibet, and to address the concerns of all Tibetans by opening meaningful dialogue with the Dalai Lama. Only dialogue and reform will bring lasting stability. China's brightest future, and its most positive relationship with the world, lies in harmonious development, dialogue and respect


Para assinar a petiç
ão original em inglês, clique aqui.


Obrigado a tod@s e que as bênçãos estejam convosco.


OM MANI PADME HUNG


Fonte: Paulo Stekel (Pema Dorje), membro da Rede Brasileira de Budistas Engajados

Relato de uma residente em Dharamsala


Uma visão geral da situação tibetana dentro e fora do Tibete

16/03/2008


McLeod Ganj (o quarteirão tibetano em Dharamsala) está fervendo. Eu vivo a 200 metros do templo principal, o qual , nesses últimos dias , tem sido o maior foco para as protestos aqui. As ondas das emoções que variam de alegria, cantos e gritos de lamentos e 'slogans', que podem ser ouvidos do meu quarto. Na rua em frente ao templo uns quarenta tibetanos estão em greve de fome, esperamos, porém que não cheguem até a morte. Cem daqueles que planejavam marchar de Dharamsala a Lhasa, foram detidos antes que chegassem à fronteria do estado do Himachal Pradesh com o estado do Punjab. Eles estão sendo detidos por quatorze dias porque recusam de assinar um papel no qual eles juram que abandonarão a marcha.

Ontem - dia 16/03 - um grupo de duzentos sairam em marcha de Macleod Ganj para cercar a prisão onde seus companheiros estão detidos. Este grupo se transformou em uma multidão de mais de três mill dos tibetanos que vivem aqui. E até hoje mesmo muitos outros estão dispostos a fazer o mesmo. Todas as lojas, restaurantes e tudo aquilo que diz respeitos aos tibetanos estão fechadas. Em Delhi a poucos dias atrás uns cinqüenta protestantes também foram presos.

Eu há pouco vim do templo onde a Sua Santidade o Dalai Lama deu uma entrevista coletiva - jornalistas da BBC, CNN, de meios da Alemanha, Japão e outros pa
íses estavam presentes. Só aqueles jornalistas da imprensa puderam participar da coletiva. Tibete: Os chineses dizem que dez pessoas morreram. Mas a mídia noticiou uns trinta, a dois dias atrás. Ontem contavam oitenta corpos. Mas aqui as vozes que chegam dizem que são mais de cem. A tendência é só subir. O governo chinês pediu que os manifestantes se rendam antes da meia-noite de segunda-feira 17/03 - se eles desafiarem, ao invés do 'tratamento severo' receberão uma 'moderada' punição. Seríamos hipócritas em acreditar nisso. Os manifestantes sabem o que exatamente se espera. Mas não eles esperam render. Os chineses os bloquearam em um quarterão velho da cidade. Ainda não é claro como começou a violência. Relatórios de tibetanos em Lhasa, por celulares, dizem que as manifestações começaram pacificamente por alguns monjes mas foram reprimidas pelas forças chinesas com força brutal. Isto fez com que as manifestações aumentassem, envolvendo pessoas leigas e eventualmente algum tibetano, lançando pedras e queimando edifícios etc. Quase todas as imagens e notícias vêm de Lhasa, com lojas quebradas e queimando. Todavia isto parece ser mais uma tentativa, chinesa de retratar os tibetanos como agitadores e 'terroristas separadores.'

O que as novas imagens das notícias não mostram é a sua ação severa. Relatórios nos chegam através de celulares dos tibetanos na capital de Lhasa dizendo que grandes números de manifestantes ainda inconscientes devido a um tipo de gás lançado, foram levados nos caminhões dos exército para lugar ignorado. Outros relatórios contam de pessoas sendo mortas e seus corpos sendo jogados fora. Embora a atenção da mídia esteja concentrada em Lhasa, os tibetanos em todas as outras três regiões do Tibete (Utsang, Kham e Amdo), tambem fazem demonstrações com milhares de participantes em Tau, Kandze, Lithang, Labrang Tashikyil e Penpo. Em Amdo Ngawa até mesmo 12,000 pessoas se levantaram em demostração de protesto. Na Província de Gansu, os estudantes de uma universidade também se ergueram em manifestação. Em todos os lugares o exército chinês respondeu, a estas demonstrações pacíficas de forma brutal, matando um número de pessoas ainda não confirmado.

Tudo isso são só relatórios, o que realmente está acontecendo nesse momento em Lhasa e nas outras províncias do Tibet é muito dificil de ser efetivamente constatado. O Dalai Lama e o Governo chinês: O governo chinês diz que as demonstrações foram 'habilmente planejadas pelo Dalai e seu grupo exclusivo'. O Dalai Lama desmentiu tudo isso publicamente e temos toda razão para acreditar nele. Ele lamentou profundamente pelas perdas das vidas que estão ocorrendo não pode encorajar as ações que custem as vidas de outros seres. Por isso é inverossímil, dizer que as manifestações foram coordenadas por ele, como os chineses estão proclamando. É muito mais plausível, e de acordo com aquilo que eu conheço dos tibetanos, que eles tenham começado com demonstrações pacíficas espontâneas aproveitando essa oportunidade das Olimpíadas em Beijim, onde o mundo inteiro esta aí focalizado, para fazer a causa do Tibet se tornar em uma causa de interesse mundial, tais demonstrações ganharam impulso e geraram eventos semelhantes em outros lugares.

A intensidade que nós estamos vendo, é uma explosão de frustração retida por cinco décadas, um ressentimento por serem oprimidos por um regime que não dá liberdade de expressão, religião e cultura, e não o produto de um 'esquema do clã do Dalai.' Os tibetanos sentem entristecidos e com toda razão. As atrocidades que vem acontecendo a mais de 60 anos são muitas e variadas não reveladas aos olhos do mundo. Entretanto aqui não é o lugar para entrar em detalhes. Embora seja verdade que o Dalai Lama tenha se recusado a pedir que parassem as manifestações, não foi porque ele desejasse causar algum dano aos chineses ou encorajasse a violência. E sim por que nesses últimos dias ele recebeu telefonemas de Tibetanos suplicarando a ele que não lhes pedisse para suspender as suas manifestações. Os tibetanos querem exercitar os seus básicos direitos humanos de expressão. Durante anos o povo tibetano foi atormentado por um sentimento de inutilidade, de querer melhorar as condições na sua própria pátria sem o menor resultado. Agora, eles acham que têm uma oportunidade para fazer algo que poderia trazer a atenção do mundo à situação do Tibet. Qualquer que seja o resultado mesmo seja se unindo em uma marcha, a sensação de estar contribuindo pessoalmente com algo, dá esperança e coragem as pessoas. Considerando que não fazendo nada somos conduzidos à desesperança e a frustração. Se no caso o Dalai Lama pedir pedir aos tibetanos que parem com as manifestações , eles se sentiriam devastados, porque eles o respeitam acima de qualquer outra coisa e não querem contradizer os seus desejos expressos. Mas os tibetanos, e principalemente a nova geração, sente a necessidade de agir, e agir agora. Muitos tibetanos me disseram, "Como eu não posso simplesmente fazer nada enquando meus irmãos e irmãs estão no Tibet arriscando as suas próprias vidas pela nossa pátria? Nós temos uma responsabilidade para os apoiar, não só em pensamento, mas também em palavra e ação."

As demonstrações começaram no dia 10 de Março que é o 49º aniversário da insurreição falhada contra o chinês após o qual a Sua Santidade fugiu do Tibete para a Índia. É uma data que trás emoções dolorosas para os tibetanos. E eles sabem que o mundo está vendo a China na corrida até as Olimpíadas. Estes dois, o aniversário da rebelião e a chegada das Olimpíadas, proporcionaram às pessoas um catalisador. Por favor lembrem que o tibetanos não são hipócritas. Embora não se poderia esperar tal reação de povo nômade e comerciante, eles são politicamente astutos. Eles tiveram que sobreviver sob um regime comunista. E ainda, considerando que em outro lugar tal astúcia combinada ao egoísmo poderia ter conduzido à colaboração. Ao contrário em geral, os tibetanos resistiram à ideologia comunista chinesa e à sua propaganda. Eu atribuo isso à força de caráter e cultura desse povo. Embora quieto durante relativamente muito tempo, eles esperaram pacientemente o momento apropriado de agir. Esses são os fatos até onde se pode averiguar.

Quanto a minha opinião. Eu me senti devastada e com lágrimas nos olhos quando eu vi os primeiros relatórios na BBC. Enquanto os meus amigos (monges tibetanos) asseguraram que o que nós estamos vendo era bom. Apesar de ser um erro e queimar as lojas fosse algo que eles não devessem ter feito... eles fizeram, e os outros notarão... Eles estão frustrados pelo jeito em que a Comunidade Mundial até hoje não fez nada mais para garantir a paz e liberdade pessoal no Tibet. Eles querem a expressão do mundo e seu apoio. Os tibetanos acham (como eu também) que esta é uma hora crítica.

O Dalai Lama tem 73 anos. Com as Olimpíadas em Beijing, o mundo pode ter alguma influência sobre China. Pode ser um tipo de idealismo (eu não direi ingenuidade) esperar que, por uma vez, o mundo coloque suas preocupações humanitárias e éticas à frente do lado econômico. Se não agora, então quando? Eu não espero que a situação possa ser resolvida logo. Haverão incidentes relacionados às Olimpíadas. As Olimpíadas devem prosseguir, porque o mundo estará lá para testemunhar. Embora possa aparecer firme, O governo chinês, é frágil por essa razão que é obrigado a usar meios brutais e medo. Eles não têm nenhuma consideração pelos sentimentos e mentes das pessoas. O que aconteceu na Europa oriental é ligado ao que eventualmente pode acontecer na China. Ou seja, eu não estou predizendo a queda iminente do regime comunista chinês. Eu só pretendo insinuar que essa agitação é difundida e sentida profundamente. Não só no Tibet mas através de toda China. Vamos esperar que estas manifestações tragam frutos positivos, sejam para os tibetanos, para os chineses e para o mundo. Eu peço a vocês que leiam, assistam ou escutem o que a Sua Santidade o Dalai Lama diz. Ele é prático, sábio e acima de tudo compassivo. Ele não é nenhum estadista ordinário e a resposta dele seguramente será um testamento da originalidade do seu pensamento.

Beatriz Bispo – Dharamsala, India



Fonte: Blog Grupo de Apoio ao Tibete (Portugal)



Poste um
comentário e divida seu insight e suas considerações sobre o texto.

sábado, 15 de março de 2008

O Dalai Lama: "A China abandone a violência e instaure o diálogo com a população tibetana"


Em solidariedade às tibetanas e os tibetanos que estão sofrendo a violenta repressão desencadeada pela polícia chinesa contra os manifestantes que desceram nas ruas de Lhasa e de diversas regiões do país nos últimos dias, às monjas e monges que começaram os protestos, alguns dos quais imolaram suas vidas, e a toda a população tibetana na pátria mãe e no exílio, mas também com compaixão para os chineses supostamente mortos durantes as rebeliões, para o regime de Pequim cuja falta de compreensão e cujo sofrimento o levam a cumprir as maciças violações dos direitos humanos das quais é protagonista e, finalmente, para todo o povo chinês, reafirmando o nosso firme compromisso com a não-violência e o diálogo como forma de resolução de todas as controvérsias e construção de uma convivência harmoniosa e pacífica entre os povos, retransmitimos (na tradução em espanhol) o discurso que S. S. o Dalai Lama pronunciou em Dharamsala (Índia) no passado 10 de março, aniversário da insurreção popular do Tibete contra a invasão chinesa de 1959.


Con ocasión del 49º aniversario del levantamiento pacífico del pueblo tibetano en Lhasa el 10 de marzo de 1959, ofrezco mis plegarias y doy tributo a aquellos valientes hombres y mujeres de Tíbet que padecieron dificultades indecibles y sacrificaron sus vidas por la causa del pueblo tibetano, y expreso mi solidaridad con aquellos tibetanos que actualmente padecen represión y maltrato. Extiendo, además, mis saludos a los tibetanos dentro y fuera de Tíbet, los partidarios de la causa tibetana y a todos aquellos que valoran la justicia.


Por casi seis décadas, los tibetanos en todo Tíbet, conocido como Cholkha Sum (U-Tsang, Kham y Amdo) han debido vivir en un estado de constante temor, intimidación y sospecha bajo la represión china. Sin embargo, además de mantener su fe religiosa, un sentido de nacionalismo y su cultura única, el pueblo tibetano ha sido capaz de mantener viva su aspiración básica a la libertad. Siento gran admiración por las características especiales del pueblo tibetano y su coraje indomable. Me siento extremadamente satisfecho y orgulloso de ellos.


Muchos gobiernos, organizaciones no gubernamentales y particulares en el mundo, dado su interés por la paz y la justicia, han apoyado permanentemente la causa de Tíbet. En particular, durante el año pasado, los gobiernos y pueblos de muchos países tuvieron gestos importantes que expresaron claramente su apoyo a nosotros. Quisiera expresar mi gratitud a cada uno de ellos.


El problema de Tíbet es muy complicado. Se relaciona intrínsicamente con muchos aspectos: la política, la naturaleza de la sociedad, la ley, los derechos humanos, la religión, la cultura, la identidad de un pueblo, la economía y el estado del medio ambiente natural. Por consiguiente, se ha de adoptar un enfoque amplio para resolver este problema, que considere los beneficios de todas las partes involucradas y no de una sola parte. Por lo tanto, nos hemos mantenido firmes en nuestro compromiso hacia una política mutuamente beneficiosa, el enfoque de la Vía del Medio, y nos hemos esforzado sincera y persistentemente hacia el logro de ésta por muchos años. Desde el año 2002, mis enviados han sostenido seis rondas de conversaciones con oficiales de la República Popular de China para discutir temas relevantes. Estas extensas conversaciones han ayudado a despejar algunas de sus dudas y nos han permitido explicarles nuestras aspiraciones. No obstante, no ha habido resultado concreto alguno sobre el tema fundamental. Y durante los últimos años, Tíbet ha presenciado mayor represión y brutalidad. A pesar de estos sucesos desafortunados, mi posición y determinación a aspirar a la política de la Vía del Medio y continuar nuestro diálogo con el gobierno chino se mantienen inalteradas.


Una de las principales preocupaciones de la República Popular de China es su falta de legitimidad en Tíbet. La mejor manera de otorgar peso a su posición es que el gobierno chino mantenga una política que satisfaga al pueblo tibetano y gane su confianza. Si somos capaces de lograr una reconciliación forjando un camino de consentimiento mutuo, entonces, como he dicho muchas veces, pondré todo mi esfuerzo para lograr el apoyo del pueblo tibetano.


En Tíbet hoy, por causa de las numerosas acciones del gobierno chino, carentes de visión, el medio ambiente natural se ha visto dañado severamente. Y, como resultado de su política de transferencia de población, la población no tibetana ha aumentado muchísimo, reduciendo a los tibetanos nativos a una minoría insignificante en su propia tierra. Además, el idioma, costumbres y tradiciones de Tíbet, las que reflejan la verdadera naturaleza e identidad del pueblo tibetano están desapareciendo gradualmente. Como consecuencia, los tibetanos están siendo cada vez más asimilados en una población china mayor. En Tíbet la represión continua aumentando mediante numerosas, inimaginables y enormes violaciones a los derechos humanos, la negación de la libertad religiosa y el hecho de politizar los temas religiosos. Todo esto acontece como resultado de la falta de respeto del gobierno chino hacia el pueblo tibetano. Estos son obstáculos importantes que el gobierno de China pone deliberadamente en el camino de su política de unificación de las nacionalidades, discriminando entre los pueblos de Tíbet y China. Por lo tanto, insto al gobierno chino a poner fin de inmediato a dichas políticas.


Aunque las áreas habitadas por el pueblo tibetano son referidas con distintos nombres como región autónoma, prefecturas autónomas y condados autónomos, éstas son autónomas sólo en nombre; en realidad, no cuentan con una autonomía verdadera. En cambio, son gobernadas por personas que no consideran la situación regional y son impulsadas por lo que Mao Zedong llamaba "Chovinismo Han". Como consecuencia, esta así llamada autonomía no ha brindado a las nacionalidades ningún beneficio tangible. Políticas falsas que no están de acuerdo con la realidad están causando un daño enorme no sólo a las nacionalidades respectivas, sino también a la unidad y estabilidad de la nación china. Resulta importante para el gobierno chino como aconsejó Deng Xiaoping, "buscar la verdad a partir de los hechos" en el verdadero sentido de la expresión.


El gobierno chino me critica severamente cuando presento interrogantes sobre el bienestar del pueblo tibetano ante la comunidad internacional. Hasta que alcancemos una solución mutuamente beneficiosa, tengo la responsabilidad histórica y moral de continuar hablando libremente en su nombre. Sin embargo, es de conocimiento común que he estado en semirretiro, ya que el liderazgo político de la diáspora tibetana fue elegido directamente por la población tibetana común.


China está emergiendo como un país poderoso debido a su gran progreso económico. Esto es algo digno de regocijo, pero también ha ofrecido a China una oportunidad para jugar un papel importante en el escenario global. El mundo está esperando ansioso ver cómo el actual liderazgo chino hará efectivos los conceptos que ha admitido de "sociedad en armonía" y "surgimiento pacífico". Para lograr estos conceptos, el progreso económico solo no será suficiente. Deben haber mejorías en la observancia de la ley, transparencia y derecho de información, como también en la libertad de palabra. Ya que China es un país de muchas nacionalidades, a todas se les ha de brindar igualdad y libertad para proteger sus identidades respectivas únicas, si el país ha de mantenerse estable.


El 6 de marzo de 2008, el presidente Hu Jintao declaró: "La estabilidad en Tíbet atañe a la estabilidad del país, y la seguridad en Tíbet atañe a la seguridad del país". Él añadió que el liderazgo chino debe asegurar el bienestar de los tibetanos, mejorar el trabajo en relación a los grupos religiosos y étnicos, y mantener la armonía y estabilidad sociales. La declaración del presidente Hu se ajusta a la realidad y estamos en espera de su implementación.


Este año, el pueblo chino espera orgullosa y ansiosamente la apertura de los Juegos Olímpicos. Desde un comienzo, yo he apoyado la idea de que China tenga la oportunidad de ser el país anfitrión de los Juegos Olímpicos. Ya que dichos eventos deportivos internacionales, especialmente las Olimpíadas, sostienen los principios de libertad de palabra, libertad de expresión, igualdad y amistad, China ha de probar ser un buen anfitrión proporcionando estas libertades. Por lo tanto, la comunidad internacional además de enviar a sus atletas, debe recordar al gobierno chino estos temas. Me he enterado que muchos parlamentarios, particulares y organizaciones no gubernamentales en el mundo están realizando una serie de actividades ante la oportunidad que existe para que China realice un cambio positivo. Admiro la sinceridad de ellos. Quisiera decir enfáticamente que será muy importante observar el período tras la conclusión de los Juegos. Los Juegos Olímpicos sin duda impactarán enormemente las mentes del pueblo chino. Por ende, el mundo debe explorar formas de invertir su energía colectiva para producir un cambio positivo continuo dentro de China, incluso después que las Olimpíadas hayan finalizado.


Quisiera aprovechar esta oportunidad para expresar mi orgullo y aprecio por la sinceridad, coraje y determinación del pueblo tibetano dentro de Tíbet; le insto a continuar trabajando de manera pacífica y dentro del marco de la ley para asegurar que todas las nacionalidades minoritarias de la República Popular de China, incluyendo el pueblo tibetano, disfruten de sus derechos y beneficios legítimos.


Además, quisiera agradecer en esta ocasión al gobierno y pueblo de India en particular, por su apoyo permanente y sin igual a los refugiados tibetanos y la causa de Tíbet, como también expresar mi gratitud a todos aquellos gobiernos y pueblos que han mantenido su preocupación por la causa de Tíbet.


Con oraciones por el bienestar de todos los seres sintientes,


El Dalai Lama


10 de marzo de 2008


Poste um comentário e divida seu insight e suas considerações sobre o texto.

quinta-feira, 13 de março de 2008

A Paz Começa Aqui - Terceira Parte


Palestinos e israelenses escutando-se uns aos outros


Por
Thich Nhât Hanh*

Nós temos nosso próprio território de paz dentro de nós, que é composto de cinco reinos - nosso corpo, nossos sentimentos, nossas percepções, formações mentais e consciência. Temos que trazer paz ao nosso corpo e remover seus conflitos, tensão e dor. Existem também muitas tempestades, aflições e dor no reino de nossas emoções. Temos que aprender a trazer a paz para esse território de sentimentos e emoções.

Quando eu olho para a minha caneta, eu tenho uma percepção dela. Se minha percepção corresponde fa realidade da caneta ou não é uma questão real - por que vivemos com muitas percepções errôneas. Acreditamos que somos os únicos a sofrer, que os outros estão nos fazendo sofrer e que eles não sofrem de jeito nenhum. Este é um tipo de percepção errônea. Se acharmos tempo para inspirar e expirar e encontrar a paz em nós mesmos, poderemos ver que as outras pessoas também sofrem enormemente, assim como nós, e precisam ser ajudadas, não punidas. Por isso a paz não poderá ser possível sem a remoção dos elementos de percepção. Quando nossas percepções nascem da raiva e do medo, elas não podem ser chamadas de percepções corretas. Por sua vez, nossas percepções erradas dão origem ao medo, à raiva e ao desespero, que podem nos levar a cometer atos de violência, punição e morte. Por causa disso, é muito importante praticar a meditação sentada e andando, para podermos trazer paz aao reino das nossas percepções e remover os elementos errôneos.

Continua... (Para ler o texto na íntegra, clique aqui)

* Trecho do livro Peace Begins Here: Palestinians and Israelis Listening to Each Other, publicado pela Parallax Press.


Poste um comentário e divida seu insight e suas considerações sobre o texto.