sábado, 28 de junho de 2008

Contribuamos a impedir um “choque de civilizações”!


Transmitimos o seguinte apelo da organização-não-governamental Avaaz, convidando tod@s a contribuirem à paz no Oriente Médio e no mundo inteiro.


Dizem que a humanidade esta sofrendo um crescente “choque de civilizações” entre o Islã e o Ocidente. Mas o choque não é cultural e sim político e juntos podemos impedir que ele aconteça.

Mas por onde começamos? O maior símbolo desse choque é o conflito Israelense-Palestino e ele já está durando tempo demais: é hora de tomarmos uma iniciativa.

Assista nosso vídeo e assine a petição. Quando lideres internacionais se reunirem no fim de março, nossa mensagem será entregue de uma forma que eles não esquecerão.


Para assistir o vídeo e assinar a petição, clique no link abaixo:


http://www.avaaz.org/po/stop_the_clash


Contribua você também a impedir um “choque de civilizações”... Só há UMA civilização: a da nossa Mãe Terra que engloba todos os seres!


Fonte: Avaaz

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Ajudemos a democratizar o Zimbábue!


Retransmitimos o seguinte apelo recebido da organização-não-governamental internacional Avaaz, convidando tod@s a aderirem e constribuir a democtarizar o martirizado Zimbábue.


Amig@s,


Na sexta-feira dia 27 de junho o Zimbábue vai levar adiante uma eleição de fachada para uma campanha eleitoral fracassada. O partido de oposição MDC anunciou sua retirada das eleições, mesmo após vencer o primeiro turno, depois de sofrer assassinatos, tortura, prisões e acusações infundadas.

A vitória clara do MDC no primeiro turno colocou o Presidente Mugabe e seu partido, o ZANU-PF, em uma situação complicada. O Conselho de Segurança da ONU declarou na segunda-feira que eleições livres e justas seriam impossíveis dada a atual repressão política no Zimbábue. Enquanto isso o Presidente Mugabe afirma que "só Deus poderá retirá-lo do poder".

Os líderes Africanos tem uma forte influência sobre o Presidente Mugabe, principalmente o presidente da África do Sul, Thabo Mbeki. Sem o apoio, não tem como o Mugabe permanecer no poder. Por isso, estamos lançando uma campanha de emergência, pedindo para os líderes africanos convocarem um encontro para isolar o Mugabe e definir um governo legítimo para o Zimbábue. Nosso chamado será publicado em jornais na África do Sul, Tanzânia, Angola e Moçambique. Clique no link para ver o anúncio e apoiar a mensagem:

http://www.avaaz.org/po/save_zimbabwe/24.php?cl=102994978

Muitos países do sul da África já estão pedindo o adiamento das eleições, porém eles ainda não estão confrontando o Mugabe diretamente. Eles podem evitar uma onda ainda maior de revolta e violência, fazendo o Mugabe reconhecer que ele já perdeu as eleições e precisa conceder a um governo conjunto.

Robert Mugabe salvou o Zimbábue do colonialismo. Agora é hora dos líderes africanos salvarem o Zimbábue dele.

Nos ajude a levantar 250.000 nomes essa semana, enquanto nossos anúncios são publicados na África. Clique para ver os anúncios, assinar a campanha e encaminhar para seus amigos:

http://www.avaaz.org/po/save_zimbabwe/24.php?cl=102994978

Com esperança e determinação,

Ben, Galit, Alice, Paul, Graziela, Mark, Ricken, Iain, Veronique, Pascal e Milena – a equipe da Avaaz



Fonte: Avaaz

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Petição internacional contra o escudo espacial dos Estados Unidos


Querid@s amig@s:


O Parlamento checo deverá tomar uma posição sobre a construção de uma base militar norte-americana e provavelmente irá votar a favor desta instalação, apesar de que 70% da população do país se opõe a este plano. Dada a urgência da situação, nós lançamos uma petição on-line para exercer pressão sobre o Parlamento e pedir-lhe que resolva essa questão através de um referendo.

O projeto de escudo espacial dos Estados Unidos - o seu sistema de defesa antimísseis - é um projeto muito complexo que envolve a produção de novas armas e a instalação de bases militares norte-americanas em diversas partes do planeta. Em especial, na Europa, o primeiro passo é instalar um sistema de radar na República Checa, assim como uma base de intercepção de mísseis na Polônia. Este plano dividiu a Europa, que até agora não tem sido capaz de dar uma resposta unitária, coerente e não-violenta às políticas agressivas dos Estados Unidos. As reacções da Rússia e da China criaram um clima de "guerra fria". As tensões internacionais são cada vez maiores e uma louca corrida armamentista (tanto convencional como nuclear) teve início. Acima de tudo, as bases estão sendo instaladas para militarizar e controlar o espaço.

A maior parte dos checos não querem bases militares estrangeiras no seu território. A maior parte dos checos quer decidir por si mesma sobre estes problemas, através de um referendo, um instrumento fundamental em qualquer democracia.

Nós pedimos o seu apoio ao nosso protesto não-violento! Este plano não afecta somente nós checos, mas a Europa inteira e todo o mundo. Após assinar a nossa petição on-line, repasse-a para seus amigos! Envie-nos as suas mensagens de apoio! Ajude-nos a reunir um milhão de assinaturas!

Jan Tamás
Movimento não-violento contra as bases norte-americanas na República Checa

Dana Ferminová
Europa para a Paz


Para assinar a petição, clique aqui. Para participar da greve de fome mundial de domingo 22 de julho contra o projeto de escudo espacial dos Estados Unidos, clique aqui e obtenha todas as informações (em espanhol) sobre o protesto.


Fonte: Síla nenásilí (A Força da N
ão-Violência, movimento nascido na República Checha)

terça-feira, 17 de junho de 2008

Relato de Thich Nhât Hanh sobre seu retorno ao Vietnã


Por Thich Nhât Hanh (Thây)


Recentemente eu tive a experiência de ver o poder de um despertar coletivo quando eu voltei ao Vietnã com uma grande Sangha depois de quase quarenta anos de exílio. Eu vim para o ocidente com quarenta anos. Foi em 1966 quando eu fui aos Estados Unidos pedir o fim dos bombardeios. Os Estados Unidos tinham meio milhão de soldados no Vietnã. No final da guerra, mais de cinqüenta mil deles tinham sido mortos ou perdidos. Muitos milhões de civis vietnamitas morreram durante a guerra. A terra, florestas e água foram poluídas, destruídas por venenos químicos. Naquele tempo, eu já era um conhecido professor e escritor no meu país. Eu desejava ficar nos Estados Unidos por três meses, viajar pelo país e falar sobre a necessidade de parar a luta. Mas depois de três meses, soube que o governo do Vietnã não me queria de volta porque eu tinha ousado pedir por paz.


Continua... Clique aqui e leia o texto na íntegra


Fonte: Sangha Virtual Thich Nhât Hanh Brasil

G8: não esqueçam o aquecimento global


Divulgamos o seguinte chamamento, recebido da organização-não-governamental internacional Avaaz, convidando tod@s a aderirem para pressionar os países ricos a assumirem compromissos concretos para a redução das emissões de carbono.


Querid@ amig@s,


O ano passado o mundo inteiro despertou para o aquecimento global.

Em 2008 estamos adormecendo novamente.

As últimas negociações para um acordo climático duraram duas semanas, mas novamente não houve nenhum progresso. O problema é que um grupo de nações ricas se recusam a assumir comprometimentos para cortar suas emissões de carbono e assim o processo todo fica estagnado. Se as nações ricas não liderarem o processo outros grandes poluidores como a Índia e a China também não se comprometerão.

Ás vesperas do encontro do G8 no Japão, vamos entregar nossa petição contra o aquecimento global para o Primeiro Ministro do Japão Yasuo Fukuda. Como sede do encontro, o Japão terá um papel decisivo nas negociações. Precisamos de uma petição forte para entregar para o Sr. Fukuda, nos ajude a conseguir 250.000 assinaturas. Clique no link para assinar a petição e encaminhar uma mensagem para seus amigos:

http://www.avaaz.org/po/g8_climate_wakeup/18.php?cl=99369327

Nós já provamos que uma mobilização forte pode influenciar o posicionamento político do Japão. Em janeiro, o segundo maior jornal do Japão, Asahi Shimbun, noticiou que as campanhas da Avaaz e de outros grupos durante a encontro da ONU sobre mudanças climáticas em Bali, levaram o Japão e redefinir sua política sobre o aquecimento global.

Esse ano o encontro do G8 vai começar no mesmo dia do festival Tanabata, onde os japoneses escrevem seus desejos em pedaços de papel e os amarram em bambus. Essa quarta-feira, vamos enviar o maior pedido Tanabata: um tratado climático forte o suficiente para nos salvar do aquecimento global.

Assine a petição aqui e nos ajude a divulgar:

http://www.avaaz.org/po/g8_climate_wakeup/18.php?cl=99369327

A irresponsabilidade do ser humano causou a crise climática. Agora dependemos daqueles que se importam, cidadãos conscientes e responsáveis que estão dispostos a pressionar os governantes a tomarem uma atitude.

Com esperança,

Ben, Ricken, Iain, Graziela, Galit, Paul, Pascal, Veronique, Mark e Milena -- a equipe
Avaaz.org

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Contribuições budistas para a construção de uma sociedade justa, democrática e civil


No recente retiro realizado no Vietnã, em maio desse ano, Thich Nhât Hanh (Thây) falou em um evento promovido pelas Nações Unidas sobre as contribuições budistas para a construção de uma sociedade justa, democrática e civil. O texto foi trazido e traduzido por Denise Kato da Sangha Plena Consciência de São Paulo, que participou do evento, e publicado originariamente no blog da Sangha Virtual de Thich Nhât Hanh no Brasil.


Clique aqui e leia o texto na íntegra.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Relato do Retiro Internacional sobre Budismo Engajado no Vietnã


Retransmitimos o relato de uma praticante brasileira que participou do Retiro sobre Budismo Engajado realizado pelo mestre Thich Nhât Hanh (Thây) e a Sangha de Plum Village, e na Conferência Internacional da Unesco (a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) sobre o mesmo tema acontecidos em maio passado em Hanói, Vietnã, em ocasião das comemorações do Vesak. O relato foi publicado originariamente e está disponível no blog da Sangha Virtual de Thich Nhât Hanh no Brasil: http://sangavirtual.blogspot.com.


Por Denise Kato (Sangha Plena Consciência, São Paulo)


Querido Thây,

Querida Sangha,


Foi com imensa gratidão e alegria que acompanhei a Sangha de Plum Village durante a visita de Thây ao Vietnã, em maio último. Foram 21 dias de viagem, divididos em três etapas: um retiro de plena consciência, a Conferência das Nações Unidas para o Dia do Vesak, e um tour precioso organizado pela Irmã Chân Không para conhecermos - ao vivo e em cores - o budismo engajado ensinado por Thây, principalmente nas áreas de assistência social e educação.


Hoje gostaria de contar a vocês um pouco sobre o Retiro Budismo Engajado, realizado ao longo de 6 dias em um hotel em Hanói, Vietnã. O evento contou com a presença de quase 400 pessoas de 41 países e foi conduzido por Thich Nhât Hanh e seus monásticos. Teoricamente, este retiro aconteceria em Plum Village em junho (o tradicional Spring Retreat, que ocorre a cada dois anos e conta com a presença praticamente certa de Mestres do Dharma e membros internacionais da Order of Interbeing (Ordem do Interser)), mas a participação de Thây como principal palestrante na Conferência da ONU em maio de 2008 fez com que o retiro fosse transferido para Hanói.

Poucas vezes vi Thây tão feliz. Apesar de ter sido autorizado pelo governo para entrar no Vietnã pela 3a. vez, seu exílio infelizmente continua e ele não tem trânsito livre no país. Imagino o quão especial deve ter sido para ele estar com sua Sangha em Hanói, comemorando o ano do Budismo Engajado, esse budismo que é a síntese de sua prática, sua vida.


Hanói, Hanói


Hanói é uma cidade peculiar. São 5 milhões de habitantes e (pasmem!) 4 milhões de motos. Apesar do pequeno número de automóveis, a poluição é tão intensa que muitos motociclistas usam máscaras de pano. Buzinas soam sem parar, pois há semáforos apenas nas avenidas principais. Neste caos, como fazer para atravessar a rua? Muito simples: 1) inspire, expire; 2) concentre toda sua atenção no bando de motociclistas que estão vindo para cima de você; 3) faça meditação andando (um pouco mais rápido, lógico) e não pare (sim, não pare, isto é muito importante). As motos vão começar a se desviar de você e seguir caminho. É incrível, mas é o procedimento local - e funciona!


Outro aspecto marcante é a calçada da área mais antiga da cidade (Old Quarter). O mais fácil é andar pela rua mesmo, pois as calçadas ficam lotadas de motos, camelôs de todos os tipos e até famílias inteiras fazendo suas refeições, com mesinhas improvisadas e banquinhos. Mas apesar de tanta pobreza e sujeira, não há sinais de violência e poucas vezes vi um povo tão gentil, solícito e sorridente. Quando penso no sofrimento, nas guerras, na injustiça social, moral e religiosa que abalaram o país, quando vejo a doçura nas palavras de Thây e no sorriso das crianças vietnamitas, entendo de onde vem a força da transformação, essa força que nos é transmitida por nossos ancestrais espirituais.


Sou Feliz, Aqui e Agora


Resquícios do velho Comunismo continuam presentes em Hanói. Pudemos senti-los até mesmo no hotel do retiro. Guardas fardados circulavam pelo pátio e alguns participantes até comentaram, brincando, que se sentiam em um verdadeiro ´´presídio´´, já que Thây havia pedido carinhosamente que não saíssemos do hotel naquela semana, da mesma forma como não sairíamos do mosteiro para fazer compras ou turismo.


Pessoalmente, percebo que tal ambiente me permitiu vivenciar algo totalmente novo. Em vez do silêncio, da tranqüilidade e das lindas paisagens que os mosteiros ou locais escolhidos para os retiros normalmente nos proporcionam, desta vez estávamos em uma cidade poluída e barulhenta, em um ambiente com pouca vegetação e muito árido. Sabe aqueles momentos em que algo na palestra do Dharma pegou fundo e você quer ficar sozinho, procurar algum campo bonito para ver o pôr do sol ou deitar na relva e sentir a brisa? Pois é, lá não tinha nada disso. No começo, confesso que foi um pouco angustiante, mas aí é que entra a beleza da prática, que provoca transformações e permite que você seja realmente feliz, no aqui e no agora. Tive que praticar mesmo a escuta atenta para conseguir ouvir os pássaros e insetos, olhar profundamente para perceber a beleza que havia ali. E, lentamente, a cor viva das poucas flores do lugar foi se revelando, o verde intenso das árvores e o mar de sorrisos dos funcionários do hotel e de pessoas tão queridas que estavam totalmente presentes ali, naquele momento.


Impermanência


Na véspera da data marcada para a tão esperada caminhada com Thây pelo Lago Hoan Kiem, no centro de Hanói, fomos surpreendidos pela notícia de que deveríamos estar no local às 5:30 da manhã, e não às 8:30, conforme a programação. Não foi preciso dizer nada, estava claro para todos que fora a forma encontrada pelo governo para minimizar o ''impacto'' de Thây na população local.


O Lago ficava um pouco distante do hotel, portanto a Sangha se dividiu em grupos. No meu ônibus estava a Irmã Dang Nghiem, que nos contou que, para Thây, aquela caminhada era um presente da Sangha para o Vietnã e para os vietnamitas. Naquela manhã, a Sangha fluiu como um rio, como um só corpo, e entendi as palavras de Thây ao ver o carinho, as profundas reverências e as lágrimas nos rostos de tantos vietnamitas que nos aguardavam na região do Lago. Apesar da guerra, do regime comunista e da opressão religiosa no passado, o Dharma e o Budismo Engajado de Thây continuam vivos.

As Palestras do Dharma

Thây nos brindou com palestras diárias do Dharma e em cada uma delas contou um pouco sobre a história do Budismo Engajado, suas origens e toda a perseverança, diligência e compaixão que permitiram que os esforços iniciais da School of Youth for Social Services, fundada por ele, tivessem continuidade até hoje.


Fonte: Sangha Virtual Thich Nhât Hanh Brasil

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Tam Huyen Van - Carta Aberta em Prol do Tibet ao Governo Brasileiro


Prezados Amigos,

Segue abaixo a íntegra da Carta Aberta em Prol do Tibet, que foi criada após deliberação do Colegiado Buddhista Brasileiro (CBB) a partir das conclusões do Debate sobre a Questão Tibetana, ocorrido em maio último no Plenário da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro.

Este documento será entrege formalmente ao Governo Brasileiro através do Deputado Fernando Gabeira, e serve como um alerta e protesto contra as ações equivocadas e violadoras dos direitos humanos ocorridas no Tibet.

Este texto pode ser divulgado por todos os interessados, mantendo-se sua integridade e assinaturas. Para quem desejar a versão em PDF, basta enviar um pedido para o e-mail do CBB em: cbb@bodhimandala.com

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Rio de Janeiro, 12 de maio de 2008.


Ao
Exmo. Sr. Embaixador Celso Amorim
Ministro das Relações Exteriores.


[Com Cópia Protocolar ao Excelentíssimo Senhor Presidente da República]



CARTA ABERTA DO COLEGIADO BUDDHISTA BRASILEIRO AO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DO BRASIL



Exmo. Sr. Embaixador Celso Amorim,

O Colegiado Buddhista Brasileiro, instituição sem fins lucrativos e representativa das múltiplas manifestações do budismo no Brasil, vem, por meio desta, resumir o resultado do Debate Público sobre a Questão Tibetana, realizado a seu pedido e por intermédio da Vereadora Aspásia Camargo (Partido Verde), no Plenário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, no último dia 12 de maio de 2008. Nesta ocasião ficou clara e unânime a posição da comunidade budista brasileira a respeito da questão tibetana e transparente o constrangimento desta em relação à posição tímida e conivente do Itamaraty para com a incontestável violação dos Direitos Humanos ocorrida naquela nação, infringida pela ditadura chinesa.

Os membros do Colegiado Buddhista Brasileiro, infra-assinados, expressam nesta Carta Aberta sua decepção para com o atual Governo Brasileiro que, sendo formado por muitos indivíduos que sofreram as infrações de uma ditadura e que foram eleitos sob as bases de sua luta em prol de uma sociedade pluralista e tolerante, e por seu compromisso para com a democracia e o respeito aos direitos humanos, hoje se subordina a interesses comerciais internacionais e fecha os olhos para o triste genocídio étnico e cultural há mais de 50 anos imposto ao Tibet.

Cabe-nos ressaltar que se o Itamaraty, em nota oficial, expressa seu respeito à suposta integridade do território chinês sem manifestar-se diante dos atos ditatoriais daquele país sobre o povo tibetano, faz recair sobre toda sociedade brasileira uma co-responsabilidade para com o sofrimento daquele povo, responsabilidade essa que a comunidade budista brasileira não reconhece e quer publicamente renegar. Ao afirmar seu apoio à pretensão chinesa em anexar, de forma arbitrária e violenta, o território tibetano, o governo brasileiro revela seu despreparo em agir como legislador dos conflitos mundiais (como expresso em sua determinação para fazer parte do Conselho de Segurança da ONU), demonstra seu total desconhecimento da extrema riqueza étnica, religiosa e cultural daquela região, torna implícita sua aceitação às políticas de exceção, e põe em dúvida sua relevância no cenário internacional.


O Colegiado Buddhista Brasileiro, em nome da comunidade budista, manifesta claramente aqui seu repúdio à posição omissa do governo brasileiro, que neste ponto não a representa perante a comunidade mundial. Lamentamos observar que a atitude de nosso atual Governo destrói sua legitimidade na luta histórica de um posicionamento contra as ditaduras.

Em comunhão com o senso de oportunidade de milhões de manifestantes em todo o mundo, aproveitamos a ocasião das Olimpíadas de Pequim para colocar o foco sobre a China: suas grandezas e seus desafios ao integrar a comunidade internacional. Em primeiro lugar, cabe-nos relembrar alguns fatos históricos ampla e internacionalmente reconhecidos e exaustivamente documentados por inúmeras fontes idôneas e independentes, para que não prevaleça a versão doutrinária da propaganda chinesa, mais uma vez difundida pela embaixada chinesa no Brasil, nas palavras do Cônsul Geral da China, Sr. Li Baojun, que compareceu ao “Debate Público sobre a Questão Tibetana” à convite do Colegiado Buddhista Brasileiro e realizou uma vergonhosa manifestação da idéia fascista de que uma mentira, muitas vezes repetida, pode tornar-se uma verdade. Estamos certos de que o Itamaraty tem conhecimento dos fatos e não se deixa ludibriar pela versão da propaganda de uma ditadura que cerceia as liberdades fundamentais, nomeadamente o direito à informação e ao livre pensamento – é uma versão baseada em informações dúbias e que distorcem fatos históricos, que buscam desmerecer os dados sobre as perdas étnicas, religiosas e ecológicas sofridas segundo os relatórios publicamente divulgados pelo Escritório Oficial da Administração Central Tibetana em Dharamsala, Índia.

Que fique claro que o Colegiado Buddhista Brasileiro tem enorme respeito pelo povo chinês, por suas inúmeras contribuições à história mundial, pela posição que representa no mundo moderno, por sua sabedoria milenar. O que se repudia veementemente aqui é a política de um governo não-eleito, que mantém na ignorância o seu próprio povo, a quem também consideramos vítima – assim como consideramos vítima deste regime o Sr. Cônsul Geral da China, Li Baojun que, não sendo um homem livre, mas submetido a um regime opressor, não tem opção senão se mancomunar com as ordens de seu Governo.

Definitivamente, não estaria de acordo com a ética budista e humanista a qual pregamos imaginar que a injustiça e a insensibilidade são dos chineses, pois também eles compartilham sofrimentos e frustrações (neste momento, também o povo chinês está vivendo a dor das perdas de vidas devido ao terremoto ocorrido no dia 12 de Maio, com a qual nos solidarizamos); tal erro não pode ser imputado a toda uma nação ou àqueles que compõem um grupo social, uma instituição religiosa ou política, ou simplesmente um gênero sexual ou cor de pele. Um equívoco terrível ocorre quando imaginamos que todo um povo, toda uma classe, todo um grupo humano, é responsável pelas insanidades de seus governantes ou controladores. De fato, a problemática está na incapacidade daqueles que são presas da motivação fanática, da visão egoísta e diferenciadora no mundo, em superar sua pobreza de percepção.

Alinhado com a posição de Sua Santidade o Dalai Lama, o Colegiado Buddhista Brasileiro não vem aqui manifestar exigências à independência do Tibet, mas exigir ao seu próprio governo, o governo brasileiro, que, em suas relações internacionais, defenda a preservação dos Direitos Humanos, cujos instrumentos jurídicos é signatário. Que faça valer esta sua assinatura, que tenha coragem e manifeste pública e internacionalmente seu repúdio às versões inverídicas propagadas pelo governo chinês a respeito da sua ocupação alegadamente pacífica do Tibet, às perseguições políticas e religiosas, torturas, exílios, seqüestros, execuções e destruições do patrimônio cultural e ambiental do Tibet, parte integrante da nossa história mundial.

Queremos ainda, neste documento, ressaltar que a ética budista a qual defendemos busca os meios hábeis para superar em nós mesmos esta ignorância destruidora, esta convicção espúria baseada em erros crassos de interpretação e entendimento, e que muitas vezes vemos com mais facilidade apenas nos outros; devemos praticar todos os dias a coragem de não desistir da paz, do cuidado no diálogo, e da meta maior e definitiva, capaz de curar e transformar a humanidade: o amadurecimento de nossa consciência, de nossa sabedoria, de nosso dom de resistir à falta de compaixão correta.


Porém, a atitude compassiva e coerente com a qual os budistas são comumente identificados não é uma atitude ingênua e condescendente. Quem é capaz de agir com correta compreensão do outro, o faz por força de seu discernimento e não sob a premissa de passiva aceitação. Reafirmamos, portanto, o nosso compromisso em agir com cuidado e empenho a favor da prática de compreensão e diálogo no mundo. Estamos convictos de que mesmo através de torturas, terror e assassínios, apesar do empenho implacável em difundir delusórias interpretações dos fatos, os homens e mulheres alienados em profundo egoísmo, os poderes controladores e intolerantes, os governos insalubres, as facções terroristas e os movimentos fanáticos jamais prevalecem. Ao final, seus nomes serão apagados na memória da Vida, seus atos cruéis e injustificados serão expostos ao tempo e à história com terrível clareza, e as entranhas insalubres de suas convicções jogadas à margem da grandeza humana.

Paralelamente a este documento, informamos ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil que o Colegiado Buddhista Brasileiro apóia publicamente as seguintes propostas de ações positivas apresentadas no Debate Público sobre a Questão do Tibet, assim como todas as ações que tenham por objetivo preservar o Tibet, sua inestimável riqueza cultural e ambiental, e os direitos de seus habitantes:


- Criação de um Centro de Preservação da Cultura Tibetana no Rio de Janeiro, proposta pelo Deputado Federal Fernando Gabeira;

- Indicação do nome de Sua Santidade o Dalai Lama como Cidadão Honorário da cidade do Rio de Janeiro, à exemplo da cidade de Paris, França, proposta pela Vereadora Aspásia Camargo;

- Nominação de espaços públicos brasileiros, a começar pela cidade do Rio de Janeiro, em homenagem ao Tibet;

- Proposição de que o Itamaraty postule perante os fóruns internacionais, notadamente o Tribunal Internacional de Justiça, em Haya, Holanda, a reavaliação da questão tibetana nos seus âmbitos político, social e cultural, e o julgamento das infrações cometidas contra os Direitos Humanos no Tibet.

Concluindo, o Colegiado Buddhista Brasileiro, considerando não haver nem de longe um grave precedente dessa natureza, a de um Líder Religioso e parte significativa de seus compatriotas terem passado mais de 50 anos em exílio, entende que é chegado o momento de Sua Santidade o XIV Dalai Lama e o seu povo retornarem livres à sua própria terra, levando consigo a paz e o bem, assim como, efetivamente, a solidariedade da comunidade internacional, valores tão caros à Humanidade e inafastáveis, ainda por mais tempo, in casu. Por fim, mas não menos importante, que se considere a viabilidade de tornar o Tibet Patrimônio Histórico da Humanidade, com o devido amparo da UNESCO e da festejada Organização das Nações Unidas.


Assina o Sr. Presidente do Colegiado Buddhista Brasileiro,

Prof. Shaku Hondaku (Maurício Ghigonetto)


Assinam os membros da Diretoria Fundadora do Colegiado Buddhista Brasileiro,

Rev. Shaku Haku-Shin (Wagner Bronzeri)
Monge Meihô Genshô (Petrúcio Chalegre)
Dhammacariya Dhanapala (Ricardo Sasaki)
Prof. Tam Huyen Van (Claudio Miklos)


Assinam os membros-colaboradores do Colegiado Buddhista Brasileiro,

Monja Isshin
Monge Shaku Shoshin
Dra. Cerys Tramontini
Prof. Flávio Marcondes Velloso


Sarve Bhavantu Mangalam - Que Todos os Seres Sejam Felizes

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Alta dos Alimentos: 2 dias para agir


Recebemos e divulgamos o seguinte chamamento da organização-não-governamental internacional Avaaz, convidando tod@s a aderirem contribuindo a solicitar às Nações Unidas medidas urgentes para pôr fim ao dramático problema do aumento dos preços dos alimentos, que está ameaçando milhões de pobres nos cinco continentes.


Querid@s amig@s,


Os preços dos alimentos não param de subir.
Milhões de pessoas do mundo todo estão sendo afetadas e protestos estão surgindo do Bangladesh á África do Sul. Agências internacionais prevêem que 100 milhões de pessoas correm o risco de morrer de fome. Em resposta, a ONU está convocando um encontro emergencial com chefes de estado em Roma esta semana. Há uma grande chance dos líderes dos países ricos pressionarem por medidas “band-aid”, sem endereçar o problema de forma concreta.

O Secretário Geral da ONU, Ban Ki Moon, estará recebendo a nossa petição ás 10:30 da manhã desta quarta-feira. Essa é uma grande oportunidade das nossas vozes chegrem aos líderes globais diretamente. Precisamos aproveitar os 2 dias antes da entrga para juntar no mínimo, meio milhão de assinaturas. Clique no link para assinar a petição se você anida não o fez e encaminhar esse email para todos que você conhece – não só pelos nossos bolsos, como também pelas milhões de pessoas que virão a passar fome no mundo:

http://www.avaaz.org/po/global_food_crisis/4.php?cl=95229907

Mais de 200.000 membros da Avaaz já participaram desta campanha pedindo um fundo alimentar emergencial, o investimento na produção de alimentos em países pobres, a revisão das políticas de subsídios dos países ricos e o não uso de alimentos como biocombustível. Nossa campanha foi lançada a partir do apelo pessoal feito para a nossa comunidade pela Ministra das Relações Internacionais da Serra Leoa, onde 90% da população passam fome. Clique no link para assistir o vídeo.

A crise alimentar, como o aquecimento global, é uma emergência planetária. Essa situação só demonstra o quanto nosso sistema econômico é interdependente e frágil. Nós agora só precisamos nos unir alem das fronteiras e divisões étnico-culturais para lutar pelo nosso direito básico á uma alimentação digna.

Com esperança,

Paul, Ricken, Graziela, Galit, Iain, Ben, Pascal, Veronique, Milena e toda a equipe da Avaaz

Leia mais sobre o assunto:

Líderes mundiais discutirão crise dos alimentos em Roma - Reuters Brasil:
http://br.reuters.com/article/topNews/idBRB24098620080530

Crise dos alimentos deve levar mais 10 milhões à pobreza na América Latina - Folha Online:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u407162.shtml

Crise de alimentos afeta 22 países, adverte FAO - Portal Exame:
http://portalexame.abril.com.br/ae/economia/m0160541.html


Fonte: Avaaz

Juntos mandamos 2 milhões de dólares para as vítimas do ciclone na Birmânia


Recebemos e divulgamos a seguinte informação da organização-não-governamental internacional Avaaz sobre como chegou aos monges birmaneses, despistando o regime militar de Mianmar, e como foi utilizado o dinheiro arrecadado pela campanha internacional de ajuda humanitária para as vítimas do Ciclone Nargis.


Amig@s,

Após o ciclone Nargis devastar a Birmânia/Mianmar deixando mais de 100.000 mortos, membros da Avaaz doaram mais de $2 milhões de dólares para o esforço humanitário no país. Nossa comunidade doou mais que muitos países e o dinheiro não foi barrado nas fronteiras como o deles, pois enviamos os fundos diretamente para os grupos locais, que atuam sem a permissão do governo. Para ver o relatório completo acesse:

http://www.avaaz.org/po/burma_aid_report


Fonte: Avaaz

domingo, 1 de junho de 2008

Vamos acabar com as bombas cluster!

Recebemos e divulgamos o seguinte chamamento da organização-não-governamental internacional Avaaz, convidando tod@s a aderirem. Contribuamos a pressionar o Ministério da Defesa para que o Brasil acabe com a frabricação e a venda de bombas cluster, responsáveis pela morte e a mutilação de milhões de pessoas, a maioria civis, em todo o mundo.

Amig@s,

Agora mesmo, em Dublin na Irlanda, vários países estão se reunindo para criar um acordo para banir a bomba cluster (ou bombas de fragmentação). Fabricantes de armas estão pressionando governos a firmarem um tratado cheio de exceções. O texto final do acordo será decidido nos próximos dias.

Bombas cluster não matam só em tempos de guerra. Elas espalham pequenas “bombinhas” brilhantes que permanecem no solo por décadas depois de serem jogadas. Elas atraem a curiosidade de crianças que não raro, são mutiladas ou mortas. Alguns governos acreditam que essas bombas devem ser banidas, mas o Brasil continua a fabricar e exportar estas bombas. O tratado será assinado no final desta semana e alguns governos ainda estão pedindo exceções com “períodos de transição” e clausulas para amenizar a banimento.

Temos uma forte chance de influenciar esse tratado. Se cada um de nós enviar uma mensagem para seu chefe de estado, poderemos convencer nossos governos de banir as bombas cluster de uma vez por todas. Clique abaixo para enviar uma mensagem (pré escrita) e encaminhar essa campanha para seus amigos e familiares:

http://www.avaaz.org/po/ban_cluster_munitions/18.php?cl=93152741

O esforço para banir a bomba cluster é o resultado do trabalho de anos de muitas pessoas e organizações ao redor do mundo. Veja a mensagem do porta voz do movimento Branislav Kapetanovic, que perdeu suas mãos, pernas, parte da audição e visão por causa de uma bomba cluster na Sérvia:

A bomba cluster é um das armas mais perigosas do mundo de hoje. A maioria das suas vítimas são civis e afetam milhões de pessoas no mundo todo. Essa semana vários governos estarão reunidos em Dublin para criar um tratado que vai banir essa perigosa arma, porém alguns governos estão tentando enfraquecer esse tratado criando clausulas de exceções.

Governos ricos nem sempre ouvem as vítimas, mas eles escutarão você – cidadãos que votam. Por favor, envie uma mensagem para o seu governante pedindo um tratado sem exceções, lacunas ou demoras.

Ativistas como Kapetanovic batalharam muito para banir a bomba cluster. Nesse momento decisivo, nós também podemos fazer a nossa parte. Clique no link para participar da campanha:

http://www.avaaz.org/po/ban_cluster_munitions/18.php?cl=93152741

No Brasil duas empresas produzem e exportam bombas cluster; e o Ministério da Defesa ainda defende as bombas cluster. Temos a chance, essa semana, de banir uma perigosa arma que está tirando a vida de muitos inocentes. Faça a sua parte e ajude-nos a trazer um mundo mais justo, pacífico e seguro para as crianças e gerações por vir.

Com esperança,

Ben, Pascal, Ricken, Galit, Graziela, Paul, Iain e Veronique – A equipe Avaaz.org


Para saber mais sobre o assunto:

Conferência de Dublin tenta proibir bombas de fragmentação - AFP:
http://afp.google.com/article/ALeqM5hiZKv3vyZZBZDfZH1S_R6hXoLjig

Bombas cluster já atingiram 13 mil em vários países - Folha Online:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u374726.shtml

Bombas cluster são importantes para defesa do Brasil, diz oficial - Folha Online:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u374693.shtml


Fonte: Avaaz