terça-feira, 26 de agosto de 2008

Decálogo do Buda para candidatos, governantes e políticos em geral


Texto enviado por Antonio Carlos Rocha (Hakuan)

1) Praticar a generosidade e a caridade. Governantes, políticos, pessoas públicas (homens e mulheres) não devem sentir avareza nem apego pela riqueza e muito menos pela propriedade, devem doá-la(s) para o bem-estar público.

2) Ter um elevado caráter moral, ético e com virtudes. Nunca deve destruir vidas, trapacear, roubar, explorar outros, dizer mentiras.

3) Sacrificar tudo pelo bem do povo. O governante deve estar disposto a sacrificar toda a comodidade pessoal, assim como o nome, a fama e, se necessário, a vida em benefícios dos governados.

4) Honestidade e integridade no desempenho de suas funções, estar livre do medo e de todo favor, deve ser sincero em suas intenções e não enganar o povo.

5) Amabilidade e doçura. Deve ser afável com todos em seu trato.

6) Costumes austeros. Deve levar uma vida simples, não se deixar subjugar pelo luxo e deve praticar o autodomínio.

7) Ausência de ódio, de má vontade e de aversão. Não deve guardar rancor a nada.

8) Não-violência. Significa não causar dano a quem quer que seja. E também esforçar-se, em suas obrigações, a promover a paz, evitando as guerras e tudo aquilo que implique a destruição de vidas.

9) Paciência, indulgência, perdão, tolerância, compreensão. Deve ser capaz de suportar, sem encolerizar-se, toda sorte de penúrias, dificuldades e insultos.

10) Não-oposição e não-obstrução. Significa que o governante não deve opor-se à vontade do povo, nem obstruir nenhuma vontade que tenda ao bem-estar da população. Deve, em outras palavras, governar em harmonia com o povo.”

Extraído do livro Lo que el Buddha enseño (Título original: What The Buddha Taught), de Walpola Rahula, Editora Kier, Buenos Aires, 1978, páginas 116-117. O autor, já falecido, era um conceituado monge budista do Sri Lanka, professor e pesquisador visitante das Universidades de Londres e Sorbone, Paris.

Observação: Buda era um estadista, um príncipe. Nasceu e se criou presenciando e participando das decisões palacianas com o pai e os ministros, até os 29 anos. Esta face social e politizada do Budismo é pouco divulgada no Brasil. Maiores detalhes ver o blog http://budismoprimordialrio.blogspot.com

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