sábado, 29 de setembro de 2007

PELA PAZ E OS DIREITOS HUMANOS NA BIRMÂNIA

Clique aqui e aja diretamente em apoio à luta democrática e não-violenta dos monges e monjas da Birmânia

Caminhada de Apoio a Mianmar em São Paulo

A Comunidade Zen Budista Zendo Brasil convida tod@s a se reunirem domingo, 30 de setembro, ao meio dia, na Avenida Paulista, na calçada central entre as duas vias da mesma, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP), para dar início a uma Caminhada pela Paz em Mianmar e pela restauração do respeito aos Direitos Humanos.

Venham meditar, orar e caminhar conosco pela Paz em Mianmar (antiga Birmânia ou Burma).

Que a Paz prevaleça na Terra!


Monja Coen


Comunidade Zen Budista Zendo Brasil - Templo Tenzui
Mãos em prece


Para acompanhar os acontecimentos de Mianmar em português, clique aqui.

Para um resumo dos antecedentes das notícias mais recentes, clique aqui.

Leia a Declaração de Suporte à luta democrática birmanesa do Colegiado Buddhista Brasileiro (CBB)

Para acompanhar os acontecimentos de Mianmar em inglês ou em birmanês:

Mizzima News (Site da oposição birmanesa no exílio, em inglês)

Ko Htike’s Prosaic Collection (Blog em inglês e birmanês)

Myochit Myanmar (Blog em inglês e birmanês)

Mr. Jade (Blog em inglês e birmanês)

NOTίCIAS MIANMAR

Clique aqui e aja diretamente em apoio à luta democrática e não-violenta dos monges e monjas da Birmânia

Junta militar reprime novos protestos e enviado das Nações Unidas chega ao país

A Junta Militar de Mianmar reprimiu hoje, novamente com violência, as manifestações de milhares de birmaneses em Yangun, encorajados pela chegada ao país do enviado especial das Nações Unidas, Ibrahim Gambari.


Nas ruas da capital, que amanheceram tomadas por centenas de soldados e com o aspecto de um campo de batalha, soavam mais uma vez os disparos efetuados pelos soldados cada vez que o povo tentava organizar um protesto.

Uma criança morreu e dois homens ficaram feridos por tiros das forças de segurança, afirmaram fontes do hospital de Kyimyidine, em Yangun, à rádio Mizzima.

Pelo menos 16 pessoas morreram desde que, na quarta-feira, o Governo militar enviou as tropas às ruas de Yangun e de outras cidades para reprimir os protestos pacíficos. No entanto, segundo a versão oficial, houve dez mortes.

Diplomatas e testemunhas asseguram que o número de mortos é muito maior e falam de centenas de pessoas baleadas no mesmo cenário em que foram praticados os massacres de 1988, quando três mil ativistas pró-democracia foram mortos a tiros.

Após inúmeros protestos, milhares de pessoas - entre dois e dez mil, segundo fontes da dissidência -, foram dispersadas hoje com tiros e bombas de gás lacrimogêneo, depois de conseguirem se unir para marchar juntos.

Centenas de manifestantes se reuniram mais tarde próximo ao mercado de Theingyi, mas as forças de segurança novamente agiram contra eles com cassetetes e armas.

Os novos protestos começaram no mesmo dia da chegada a Mianmar do enviado especial das Nações Unidas, Ibrahim Gambari, que tenta convencer a Junta Militar a por fim à violência.

Depois de chegar ao aeroporto de Yangun, Gambari se reuniu quase imediatamente com funcionários da ONU, e, segundo um comunicado oficial, viajou em seguida a Napydaw, a nova capital administrativa do país e reduto da Junta Militar, cerca de 400 quilômetros ao norte de Yangun.

Gambari, representante para Mianmar do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, não visitava o país asiático desde novembro de 2006, porque a Junta Militar lhe negava o visto.

Não se sabe se Gambari conseguirá dissuadir a Junta Militar, que é conhecida por suas atitudes controversas. A idéia é que as autoridades birmanesas renunciem à violência, libertem os detidos e escutem as reivindicações da população.

Enquanto isso, cerca de 30 monges budistas, dos mais de mil presos por incitar o povo a protestar, declararam greve de fome, para se manifestar contra a violência empregada pelas forças de segurança, informaram fontes da dissidência.

Os religiosos foram detidos durante a primeira ofensiva lançada pelos militares contra os principais mosteiros de Yangun e de outras cidades do norte do país. As prisões foram efetuadas depois que o Governo impôs toque de recolher e proibiu reuniões públicas, na terça-feira.

As mobilizações pela democracia, que começaram em 19 de agosto como um protesto contra a alta dos preços dos combustíveis, são as mais graves em oposição ao atual regime militar desde 1988, quando este se instalou.

Mianmar é governada pelos militares desde 1962 e não realiza eleições parlamentares desde 1990, quando o partido oficial perdeu para a Liga Nacional para a Democracia (LND), liderada por Aung San Suu Kyi. Este resultado foi descartado pelos generais.

Fonte: EFE


Para acompanhar os acontecimentos de Mianmar em português, clique aqui.

Para um resumo dos antecedentes das notícias mais recentes, clique aqui.

Leia a Declaração de Suporte à luta democrática birmanesa do Colegiado Buddhista Brasileiro (CBB)

Para acompanhar os acontecimentos de Mianmar em inglês ou em birmanês:

Mizzima News (Site da oposição birmanesa no exílio, em inglês)

Ko Htike’s Prosaic Collection (Blog em inglês e birmanês)

Myochit Myanmar (Blog em inglês e birmanês)

Mr. Jade (Blog em inglês e birmanês)

NOTίCIAS MIANMAR

Clique aqui e aja diretamente em apoio à luta democrática e não-violenta dos monges e monjas da Birmânia

Cerca de 30 monges presos declaram greve de fome

Cerca de 30 monges budistas, entre os mais de mil presos, entraram em greve de fome em protesto contra a violência empregada pela Junta Militar de Mianmar (antiga Birmânia) contra os manifestantes que pedem democracia.

Os religiosos, levados para a prisão de Bamaw, no estado de Kachin (oeste do país), foram detidos na primeira onda de prisões efetuadas pelo Governo, que, no dia 25, passou a impor toque de recolher e a proibir reuniões públicas.

Segundo a rádio birmanesa, os monges, de um grupo de 108 detidos entre a noite de terça e a madrugada de quarta-feira, começaram o protesto hoje, animados pelos salmos budistas de seus companheiros.

Na quinta-feira, as forças de segurança prenderam mais de 800 monges numa operação nos mosteiros de Yangun, ocasião em que um religioso morreu e sete ficaram feridos.

Desde quarta-feira, pelo menos 16 pessoas perderam a vida, entre elas dois estrangeiros, e cerca de 200 ficaram feridas na cidade, a maior do país, por conta dos disparos dos soldados e das agressões da Polícia.

As mobilizações pela democracia, que começaram em 19 de agosto como um protesto contra a alta dos preços dos combustíveis, são as mais graves desde a instalação, em 1988, do atual regime militar.

Hoje, chegou ao país o enviado especial das Nações Unidas, Ibrahim Gambari, para entregar à Junta Militar uma mensagem em que o secretário-geral Ban Ki-moon pede que os militares cessem a violenta repressão contra as manifestações pacíficas.

Fonte: EFE


Para acompanhar os acontecimentos de Mianmar em português, clique aqui.

Para um resumo dos antecedentes das notícias mais recentes, clique aqui.

Leia a Declaração de Suporte à luta democrática birmanesa do Colegiado Buddhista Brasileiro (CBB)

Para acompanhar os acontecimentos de Mianmar em inglês ou em birmanês:

Mizzima News (Site da oposição birmanesa no exílio, em inglês)

Ko Htike’s Prosaic Collection (Blog em inglês e birmanês)

Myochit Myanmar (Blog em inglês e birmanês)

Mr. Jade (Blog em inglês e birmanês)

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

NOTίCIAS MIANMAR

Clique aqui e aja diretamente em apoio à luta democrática e não-violenta dos monges e monjas da Birmânia

Os generais que lideram a junta estariam em conflito e tropas estariam marchando para Yangun, talvez em defesa dos manifestantes

Segundo o site Mizzima News, da oposição birmanesa no exílio, uma parte do Exército de Mianmar ligada ao General Maung Aye, o “número dois” do regime, teria se voltado contra as tropas leais ao ditador do país, o General Than Shwe, recusando-se a atirar contra os manifestantes e defendendo-os dos soldados que atiravam neles.

Segundo a mesma fonte, tropas procedentes do Centro do país estariam marchando rumo a Yangun. Trataria-se de forças do Comando Central, com sede em Taung Oo, e do Comando Sudeste. Não está claro se estas tropas estão dirigindo-se à maior cidade birmanesa para dar reforço às que já estão lá ou para defender os monges budistas e os manifestantes da repressão destas últimas.


Para acompanhar os acontecimentos de Mianmar em português, clique aqui.

Para um resumo dos antecedentes das notícias mais recentes, clique aqui.

Leia a Declaração de Suporte à luta democrática birmanesa do Colegiado Buddhista Brasileiro (CBB)

Para acompanhar os acontecimentos de Mianmar em inglês ou em birmanês:

Mizzima News (Site da oposição birmanesa no exílio, em inglês)

Ko Htike’s Prosaic Collection (Blog em inglês e birmanês)

Myochit Myanmar (Blog em inglês e birmanês)

Mr. Jade (Blog em inglês e birmanês)

NOTίCIAS MIANMAR

Clique aqui e aja diretamente em apoio à luta democrática e não-violenta dos monges e monjas da Birmânia

O regime birmanês reprime duramente os protestos e corta as comunicações via Internet

A junta militar birmanesa continuou a reprimir duramente nesta sexta-feira o movimento de protesto popular dispersando à força as manifestações e cortando o principal acesso à internet.


Após dois dias de repressão por parte das autoridades, milhares de pessoas desafiaram as autoridades e saíram às ruas Yangun.

Como na quarta e na quinta-feira, os manifestantes enfrentaram a truculência das forças de segurança, que disparavam para o alto e arremetiam as pessoas com cassetetes.

Os novos episódios de violência foram registrados principalmente próximo ao pagode de Sula, no centro da cidade. De acordo com testemunhas, as forças de segurança ordenaram por meio de alto-falantes que 10.000 manifestantes, na maioria jovens, deixassem as ruas antes de partir para a ação, atacando quem estivesse pela frente e atirando para o alto.

Os jornalistas independentes constataram a presença de milhares de pessoas nesta sexta-feira em Yangun, mas os meios de comunicação do regime militar falaram de apenas 120 manifestantes.

"Quatro grupos com uns manifestantes protestaram hoje em quatro lugares de Yangun", informou a televisão local, controlada pela junta.

"As forças de segurança foram utilizadas apenas onde foi necessário restabelecer a ordem", acrescentou.

Nesta sexta-feira, devido à brutalidade de algumas ações contra os monges, diplomatas ocidentais afirmavam que tinham informações de "diversas fontes" relacionadas a "atos de insubordinação" dentro do Exército.

"Soubemos que alguns militares teriam se recusado a obedecer as ordens e que outros teriam até se colocado ao lado dos manifestantes", disse um diplomata.

Testemunhas ainda em choque afirmaram como soldados birmaneses mataram na véspera oito manifestantes, abrindo fogo contra eles com armas automáticas.

Os oito mortos na quinta-feira faziam parte de uma multidão de milhares de pessoas que protestavam contra um ataque a um monastério.

"As pessoas começaram a jogar pedras em direção aos soldados", declarou à AFP uma testemunha.

Durante cerca de trinta minutos, a multidão desprezou os militares que pareciam, por um momento, ter entrado em pânico e começaram a atirar com armas automáticas.

O embaixador australiano em Mianmar Bob Davis afirmou que o número de pessoas mortas desde o início das manifestações era bem mais elevado que o de 14 fornecido até o momento.

Enquanto isso, a principal rede de internet do país parou de funcionar nesta sexta-feira, segundo uma autoridade birmanesa de telecomunicações que atribuiu o problema a "um cabo submarino danificado".

Uma fonte ocidental em Yangun informou que o corte teria sido ordenado pela junta que tentar impedir a divulgação no exterior de informações, fotos e vídeos sobre a repressão.

Por outro lado, vários grupos de imprensa particulares de Mianmar decidiram suspender a publicação de seus periódicos por causa do agravamento da situação em Yangun, onde a distribuição de jornais é quase impossível.

A suspensão das publicações afeta pelo menos quatro revistas do grupo Eleven Media, duas revistas do grupo Yangon Media, assim como os semanários Kamudra, Voice e Market, informou uma fonte do setor, que não quis ser identificada. A decisão seria "voluntária", segundo a fonte. A imprensa local é severamente censurada pelo regime militar birmanês.

O emissário da Organização das Nações Unidas (ONU) a Mianmar, Ibrahim Gambari, é aguardado no sábado no país. Uma sessão extraordinária do Conselho dos Direitos do Homem das Nações Unidas está prevista para terça-feira em Genebra.

Fonte: Agence France Press (AFP)


Para acompanhar os acontecimentos de Mianmar em português, clique aqui.

Para um resumo dos antecedentes das notícias mais recentes, clique aqui.

Leia a Declaração de Suporte à luta democrática birmanesa do Colegiado Buddhista Brasileiro (CBB)

Para acompanhar os acontecimentos de Mianmar em inglês ou em birmanês:

Mizzima News (Site da oposição birmanesa no exílio, em inglês)

Ko Htike’s Prosaic Collection (Blog em inglês e birmanês)

Myochit Myanmar (Blog em inglês e birmanês)

Mr. Jade (Blog em inglês e birmanês)

NOTίCIAS MIANMAR

Clique aqui e aja diretamente em apoio à luta democrática e não-violenta dos monges e monjas da Birmânia

Soldados dispersam manifestação organizada pela Liga Nacional para a Democracia (LND) em Yangun

As forças de segurança de Mianmar dispersaram hoje centenas de pessoas que tinham começado a se manifestar em Yangun, num protesto contra a Junta Militar organizado pela Liga Nacional para a Democracia (LND).

Os manifestantes, desta vez, não enfrentaram os soldados, como haviam feito nos dois últimos dias. Na primeira carga, todos se dispersaram.

O protesto foi liderado por membros da LND. Eles se concentraram em frente ao Hotel Trader e perto do pagode de Sule, isolado por um forte contingente de tropas com barricadas e arame farpado.

O forte dispositivo de segurança estabelecido pela Junta Militar nos mosteiros de Yangun impediu que os monges budistas, até hoje o motor das mobilizações, pudessem sair às ruas.

Segundo fontes do regime citadas por emissoras de rádio da dissidência, o líder da Junta Militar, o general Than Shwe, um especialista na guerra psicológica, assumiu o comando das operações contra as manifestações. Novos regimentos foram criados com a missão de subjugar os manifestantes.

Mianmar é governada por um regime militar desde 1962. As últimas eleições parlamentares foram em 1990, quando o partido oficial sofreu uma derrota para a LND, da vencedora do prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi.

Fonte: EFE


Para acompanhar os acontecimentos de Mianmar em português, clique aqui.

Para um resumo dos antecedentes das notícias mais recentes, clique aqui.

Leia a Declaração de Suporte à luta democrática birmanesa do Colegiado Buddhista Brasileiro (CBB)

Para acompanhar os acontecimentos de Mianmar em inglês ou em birmanês:

Mizzima News (Site da oposição birmanesa no exílio, em inglês)

Ko Htike’s Prosaic Collection (Blog em inglês e birmanês)

Myochit Myanmar (Blog em inglês e birmanês)

Mr. Jade (Blog em inglês e birmanês)

APOIO À LUTA BIRMANESA

Clique aqui e aja diretamente em apoio à luta democrática e não-violenta dos monges e monjas da Birmânia

Declaração de Suporte a Myanmar do Colegiado Buddhista Brasileiro (CBB)

Amigos e Irmãos no Dharma,

É com grande preocupação que o Colegiado Buddhista Brasileiro vem a público comentar as ações que se desenrolam nos últimos dias na antiga Birmânia, atual Myanmar, onde milhares de monges e monjas buddhistas fazem um protesto pacífico contra a junta militar que governa o país.

Segundo fontes da imprensa os monges tomaram as ruas da capital Yangon e de outras cidades, entoando Sutras, dentre eles o Metta Sutta que exalta o amor e a compaixão dos seres humanos. O que começou com algumas dúzias de manifestantes tornou-se uma das maiores manifestações naquele país, contudo, com uma característica ímpar: imbuídos de extrema compaixão, os monges estão pedindo para a população leiga que não os acompanhe, nem façam qualquer movimento contra o governo, para que tais leigos não sofram represárias do governo.

Soubemos por fontes da imprensa que a repressão do governo se iniciou hoje, em ações violentas contras os monges, sendo que os seis principais templos da capital birmanesa foram cercados por forças fiéis ao governo e vários monges foram presos e espancados.

O CBB apela a todos os buddhistas e simpatizantes de nossa religião e mesmo aos membros de todas as outras denominações religiosas que apóiem de alguma forma esses corajosos representantes do Dharma que puxaram para si a responsabilidade de protestar contra as atrocidades do governo para com a população. Esse apoio pode ser feito de várias maneiras, desde intervenções juntos aos poderes nacionais e internacionais até a simples e necessária oração para o povo birmanês, seus governantes e nossos irmãos monges, para que a questão seja resolvida pelas vias não-violentas como pregou, Sidharta Gautama, o Buddha.

Mesmo nesse momento de grande pressão e opressão, os monges birmaneses seguem fiéis aos ensinamentos do Tathagata, elevando sua compaixão e altruísmo às últimas conseqüências, que esperamos serem as mais serenas possíveis por parte do governo birmanês. Vamos aguardar o desenrolar das ações, mas pedimos a todos que não se abstenham, nem virem seus rostos para longe, pois as vidas desses monges dependem da pressão internacional e para provocar essa pressão precisamos nos manifestar, seja por emails às embaixadas americanas, thailandesas, chinesas, russas e européias, bem como, para o Itamaraty e veículos da imprensa.

O CBB possui em seu quadro de diretores e em seu conselho consultivo, representantes do Buddhismo Theravada que através de seus contatos na Ásia tentarão nos manter informados do desenrolar dos acontecimentos.

Sarva Mangalam!

Metta, Omitofo, Tashi Delek, Namo Amida Butsu, Gassho...

Mauricio Ghigonetto (Shaku Hondaku)
Presidente CBB

Demais Diretores-Fundadores
Rev. Monge Wagner Bronzeri (Shaku Haku-Shin)
Rev. Monge Meihô Genshô
Prof. Ricardo Sasaki (Dhanapala)
Prof. Claudio Miklos (Tam Huyen Van)

Membros do Conselho
Rev. Monja Coen
Rev. Monja Sinceridade
Rev. Prof. Ricardo Mário Gonçalves
Rev. Monge Gustavo Correia Pinto
Ven. Dr. Uttaranyana Sayadaw
Rev. Heila Downey Ji Do Poep Sa Nim
Rev. Monge Rinchen Khyenrab Thupten Nyima
Lama Chagdud Khadro

Fonte: Colegiado Budista Brasileiro (CBB)


Para acompanhar os acontecimentos de Mianmar em português, clique aqui.

Para um resumo dos antecedentes das notícias mais recentes, clique aqui.

Para acompanhar os acontecimentos de Mianmar em inglês ou em birmanês:

Mizzima News (Site da oposição birmanesa no exílio, em inglês)

Ko Htike’s Prosaic Collection (Blog em inglês e birmanês)

Myochit Myanmar (Blog em inglês e birmanês)

Mr. Jade (Blog em inglês e birmanês)

NOTίCIAS MIANMAR

Clique aqui e aja diretamente em apoio à luta democrática e não-violenta dos monges e monjas da Birmânia

A repressão já matou pelo menos 15 pessoas e o Exército marcha rumo a Yangun

Tropas do Exército birmanês deixaram o centro e sudeste do país e se dirigem a Yangun, segundo a rádio Mizzima, mas ainda não está claro se o seu objetivo é apoiar as forças já postadas na cidade ou enfrentar as que atacaram os monges budistas.

Os destacamentos pertencem a unidades do Comando Central, com quartel-general em Taun Oo, e ao Comando Sudeste, segundo a mesma fonte. A rádio detectou a "movimentação" de pelo menos duas divisões de Infantaria, e aviões militares decolaram da base de Matehtilar.

A Junta Militar mobilizou na terça-feira, no leste do país, membros do Exército Democrático Karen Budista. O grupo é uma dissidência da União Nacional Karen (UNK) que passou a defender o regime. Os guerrilheiros devem ser postados nos arredores de Yangun, palco das principais manifestações dos últimos dias.

Com mais de 5 mil combatentes, a UNK é a guerrilha de maior capacidade militar do leste de Mianmar. A tribo karen tem cerca de 7 milhões de pessoas.

A maior cidade do país amanheceu hoje sob fortes medidas de segurança para conter as manifestações. Os militares fecharam o acesso a vários mosteiros, entre eles Shwedagon e Sule, onde ontem vários manifestantes foram dispersados a tiros.

Até o momento, a repressão matou pelo menos 15 pessoas, entre elas vários religiosos e um fotógrafo japonês.

Fonte: EFE


Para acompanhar os acontecimentos de Mianmar em português, clique aqui.

Para um resumo dos antecedentes das notícias mais recentes, clique aqui.

Para acompanhar os acontecimentos de Mianmar em inglês ou em birmanês:

Mizzima News (Site da oposição birmanesa no exílio, em inglês)

Ko Htike’s Prosaic Collection (Blog em inglês e birmanês)

Myochit Myanmar (Blog em inglês e birmanês)

Mr. Jade
(Blog em inglês e birmanês)

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

NOTίCIAS MIANMAR

Clique aqui e aja diretamente em apoio à luta democrática e não-violenta dos monges e monjas da Birmânia

Padrão de vida baixo leva população birmanesa a medidas extremas

Por Bill Tarrant

A população de Mianmar já vivia em situação precária antes de o governo dobrar o preço dos combustíveis, o que provocou inflação generalizada, e agora muitos se sentem à beira do precipício.

Num país onde mais de um quarto dos 56 milhões de habitantes vive com menos de um dólar por dia, o repentino aumento dos combustíveis, anunciado em 15 de agosto, tornou-se o estopim de uma crise que vinha se formando há tempos.

Para o diretor de escola aposentado U Sein, 82 anos, e sua mulher, Daw Nu, 80, a queda no padrão de vida virou um pesadelo.

"Minha aposentadoria mensal agora só compra duas xícaras de chá, mas antes costumava bastar para a cesta básica da minha mulher e minha quando eu me aposentei, há mais de 20 anos", disse U Sein à Reuters em maio, meses antes do aumento dos preços.

Moradores dizem que o custo de vida começou a subir depois da frustrada rebelião popular de 1988, mas disparou para valer a partir do ano passado.

"Vimos mudanças incríveis em um ano", disse Ma Ahmar, que vende comida nas ruas.

Água potável e eletricidade são itens de luxo para muitos em Mianmar, a antiga Birmânia.

"Temos de fazer fila por cerca de uma hora para trazer dois baldes de água potável do lago", disse Ko Myint Oo, morador de Dala.

Condições semelhantes alimentaram a rebelião de 1988, quando o governo repentinamente elevou o preço do arroz e mexeu no valor da moeda local, o quiate, tornando as economias das pessoas inúteis da noite para o dia.

"É desesperador", disse Sean Turnell, professor da Universidade Macquarie, da Austrália, e co-autor de um livro sobre a economia birmanesa. "A classe média está vendendo seus bens para literalmente sobreviver. As pessoas não podem sair para trabalhar porque não podem pagar a tarifa dos ônibus."

Casamento de luxo

O estoicismo das pessoas que há 45 anos vivem sob regime militar começou a acabar em novembro, quando surgiu um vídeo mostrando o suntuoso casamento que o chefe da junta militar, Than Shwe, promoveu para sua filha.

Os primeiros protestos, ainda tímidos, vieram em fevereiro, quando o até então desconhecido "Comitê de Desenvolvimento de Mianmar" pediu à junta militar que resolvesse os problemas de inflação, educação e infra-estrutura.

Mianmar era um dos países mais ricos da Ásia quando ficou independente da Grã-Bretanha, em 1945. Após décadas de desgoverno, é agora um dos países mais pobres do planeta, com uma renda per capita estimada em apenas 200 dólares.

O déficit orçamentário cresce tanto que o governo nem se incomoda em divulgar suas previsões de gastos desde o ano fiscal 2001/02.

A transferência da máquina pública para Naypyidaw, a nova capital construída nas florestas do centro do país a um custo de 300 milhões de dólares, contribuiu para dilapidar os cofres públicos. Além disso, o gasto com a manutenção do Exército, com 375 mil soldados, quase dobrou em uma década.

Fonte: Reuters


Para acompanhar os acontecimentos de Mianmar em português, clique aqui.

Para um resumo dos antecedentes das notícias mais recentes, clique aqui.

NOTίCIAS MIANMAR

Clique aqui e aja diretamente em apoio à luta democrática e não-violenta dos monges e monjas da Birmânia

Repressão violenta das manifestações em Mianmar deixa nove mortos

Por Aung Hla Tun

Pelo menos nove pessoas morreram nos protestos de Mianmar na quinta-feira, quando a junta militar deu dez minutos para os manifestantes deixarem as ruas do centro de Yangon, sob pena de atirar neles.

No segundo dia da forte repressão contra as maiores manifestações contra o governo militar em 20 anos, bem menos gente foi às ruas. Soldados invadiram monastérios no meio da noite e prenderam centenas de monges que vinham liderando os protestos. A TV estatal disse que pelo menos nove pessoas morreram.

Uma porta-voz da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que o governo de Mianmar aceitou receber um enviado da organização para discutir a crise no país.

A China, um dos poucos aliados de Mianmar, disse estar extremamente preocupada.

Entre os mortos de quinta-feira estava um fotógrafo japonês, atingido por um tiro quando os soldados agiam perto do pagode de Sule. Teme-se que haja a repetição do confronto entre policiais e manifestantes que matou mais de 3.000 pessoas no país em 1988.

Cerca de 200 soldados marcharam contra a multidão na quinta-feira em Yangon, e a tropa de choque avançou batendo com os cacetetes nos escudos. "Era um barulho aterrorizante", disse uma testemunha. O Exército entrou em ação depois que mil manifestantes jogaram pedras e garrafas d'água contra os soldados. Os tiros disparados pela polícia acabaram atingindo o japonês.

A repressão aos protestos teve início na quarta-feira, quando soldados e policiais usaram gás lacrimogêneo e prenderam até 200 monges. Mas a rebelião começou há mais de um mês, com passeatas esporádicas para reclamar da alta dos combustíveis. Os protestos cresceram e viraram uma luta contra os 45 anos de regime militar no país de 56 milhões de habitantes.

Três pessoas morreram atingidas por tiros de soldados num protesto fora do centro da cidade. Mais um monge budista -- na quarta-feira cinco teriam morrido -- foi morto nas investidas noturnas contra os monastérios, segundo testemunhas.

"As portas dos monastérios foram arrombadas, as coisas foram saqueadas e levadas", disse uma testemunha. "É como viver em um inferno ver os monges tratados com crueldade."

Quando a noite caiu e o toque de recolher entrou em vigor, ainda se podiam ouvir tiros esporádicos de fuzis automáticos em Yangon, que tem 5 milhões de habitantes.

Fonte: Reuters


Para acompanhar os acontecimentos de Mianmar em português, clique aqui.

Para um resumo dos antecedentes das notícias mais recentes, clique aqui.

NOTίCIAS MIANMAR

Clique aqui e aja diretamente em apoio à luta democrática e não-violenta dos monges e monjas da Birmânia

Monges detêm funcionários da Junta Militar em mosteiro de Yangun

Um grupo de monges budistas prendeu funcionários da Junta Militar de Mianmar no mosteiro de Ngwekyaryan, no leste de Yangun, onde as forças de segurança voltaram a atirar nos manifestantes.


No templo, durante a madrugada, os soldados detiveram dezenas de religiosos.


O lugar amanheceu com vidros quebrados, cartuchos de balas e poças de sangue, informou a rádio Mizzina, que transmite de Bangcoc.

Fonte: EFE


Para acompanhar os acontecimentos de Mianmar em português, clique aqui.

Poste um comentário e divida seus insights e considerações sobre o texto.

NOTίCIAS MIANMAR

Clique aqui e aja diretamente em apoio à luta democrática e não-violenta dos monges e monjas da Birmânia

Soldados reprimem a tiros novas manifestações em Yangun

As forças de segurança deram tiros de advertência, lançaram bombas de gás lacrimogêneo e detiveram mais de 100 pessoas para dispersar os manifestantes, entre eles vários monges budistas, que voltaram a protestar contra a Junta Militar de Mianmar, hoje, em Yangun.

Milhares de manifestantes, cerca de 70 mil segundo algumas fontes, chegaram a se reunir hoje no centro de Yangun. Eles gritaram palavras de ordem contra o regime militar, como "Venceremos".

Testemunhas informaram a emissoras de rádio da dissidência que, no mosteiro Ngwe Kyar Yan, cerca de 10 mil pessoas enfrentaram os soldados e policiais destacados para impedir uma nova mobilização.

Centenas de pessoas se concentraram em frente ao pagode de Sule, no centro antigo de Yangun. Elas apoiaram com cantos e orações um grupo de monges, até as forças de segurança dispersarem o protesto com tiros e bombas de fumaça.

Os manifestantes, alguns deles feridos, fugiram pelas ruas adjacentes. De acordo com outras testemunhas, um homem ficou caído no chão, morto ou inconsciente.

Centenas de pessoas se reuniram no exterior da prisão de alta segurança de Insien, nos arredores de Yangun. Há informações não confirmadas de que na terça-feira a líder do movimento democrático birmanês e chefe da Liga Nacional para a Democracia (LND), Aung San Suu Kyi, que estava em prisão domiciliar, foi levada ao centro de detenção.

Os protestos foram dissolvidos depois de caminhões militares com megafones percorrerem as ruas de Yangun, ameaçando com mais contundência caso as mobilizações continuassem.

Após nove dias de manifestações, a Junta Militar declarou o toque de recolher na terça-feira, proibiu as reuniões públicas e deteve vários líderes democráticos e monges. Postos de controle militares e policiais foram instalados em mosteiros, pagodes e outros pontos das principais cidades do país.

Esta madrugada, os soldados detiveram mais 800 bonzos em quatro mosteiros de Yangun. Um religioso foi morto a tiros e outros sete foram feridos.

Fontes da LND denunciaram a detenção ontem à noite do porta-voz do partido, Mynt Thein, e do seu líder na região de Irrawaddy, Hla Pay. Os dois são homens de confiança de Suu Kyi.

Fonte: EFE


Para acompanhar os acontecimentos de Mianmar em português, clique aqui.

Poste um comentário e divida seus insights e considerações sobre o texto.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

AÇÃO DIRETA

O que você pode fazer para apoiar o protesto dos monges da Birmânia

Envie esta carta de Anistia Internacional ao Ministro das Relações Exteriores birmanês exigindo a libertação dos presos políticos.

Preencha este formulário e sua mensagem será enviada à Embaixada de Portugal em Londres. Portugal atualmente ocupa o cargo de presidência da União Européia.

Proteste contra a China, o maior e quase único país que sustenta financeiramente a ditadura birmanesa.

Escreva diretamente para o presidente da Birmânia, pedindo pela libertação de Aung San Suu Kyi.

Assine a petição da Avaaz.org ao Presidente chinês Hu Jintao e ao Conselho de Segurança da ONU para que se oponham a qualquer repressão violenta aos manifestantes.

Copie a seguinte mensagem:

A Petition Campaign for Buddhist Solidarity with the Monks and Nuns of Burma

"Love and kindness must win over everything"

We, the Buddhists of the world, implore the State Peace and Development Council (SPDC, the official name of the military regime of Burma (Myanmar) to refrain from taking any actions that:

  1. Physically harm the Buddhist monks and nuns participating in the protest marches currently taking place in major cities and towns in Burma
  2. Infiltrate the protesting groups by pretending to be monks and nuns (via having the head shaven and dressing in monks' robes) and then instigitating violence from within through such pretension
  3. Offer poisoned foods as alms (Dana)
  4. Arresting and beating up people or persons who offers food and water (dana) to the monks
  5. Arresting the protesting monks and treating them like criminals, such as catching the monks by lariats and ropes, tying them up with wires and strapping them onto electrical poles, slapping their cheeks, kicking them with military boots and hitting their heads with rifle butts.

We appeal to the members of the military regime to act in accordance with the sacred Buddha-Dharma, in the spirit of loving-kindness, compassion and non-violence.

We implore the millitary regime to accede to the wishes of the common people of Burma, to establish the conditions for the flowering of justice, democracy and liberty.

We wish to convey our admiration and support to the large number of Buddhists monks and fellow Dharma practitioners for advocating democracy and freedom in Burma, and would like to appeal to all freedom-loving people all over the world to support such non-violent movements.

We pray for the success of this peace movement and the early release of Nobel Peace Laureate Aung San Suu Kyi.

Thank you.
May the crisis currently engulfing Burma ends peacefully. May no beings - members of the Holy Sangha and lay people - be harmed.

Sabbe Satta Bhavantu Sukhitatha
May All being be Well and Happy

E a envie para os seguintes endereços de Embaixadas de Mianmar no mundo:

mecanberra@bigpond.com
meott@magma.ca
me-paris@wanadoo.fr
info@botschaft-myanmar.de
met@zap.att.ne.jp
myanmare@ppp.kornet.net
mekl@tm.net.my
emyanmar@vyberway.con.sg
memblondon@asl.com
thuriya@aol.com
myanmar@un.int
mebrsl@brnet.com.br

Ainda melhor, envie uma carta para as Embaixadas. Aqui seus endereços.

Fonte: Blog Folhas no Caminho


Para um resumo dos recentes acontecimentos em Mianmar, clique aqui.
Para acompanhar os acontecimentos de Mianmar em português, clique aqui.


Veja também: O Dalai Lama manifesta “total apoio” à luta dos monges de Mianmar

NOTίCIAS

Protestos em Mianmar aumentam e deixam três mortos

Por Aung Hla Tun

Uma multidão formada por monges budistas e civis encheu as ruas da principal cidade de Mianmar, Yangon, na quarta-feira, desafiando os tiros de advertência, o gás lacrimogêneo e os golpes de cacetete que reprimem os maiores protestos em 20 anos contra a junta militar que governa o país.

Dois monges e um civil foram mortos, disseram fontes locais. O clima de insatisfação com os 45 anos de regime militar na ex-Birmânia só aumenta, depois de um mês de protestos.

Testemunhas estimaram em 100 mil o número de pessoas que foram às ruas na quarta-feira. A grande preocupação é que se repita a tragédia de 1988, quando, no último grande levante do tipo, soldados abriram fogo contra a multidão, matando cerca de 3.000 pessoas.

"Estão fazendo passeatas, com os monges no meio e as pessoas comuns dos dois lados. Elas os estão protegendo, formando uma corrente humana", disse uma testemunha. Quando a noite caiu, porém, a manifestação se dispersou, com o toque de recolher.

Na cidade de Mandalay, a segunda do país, também sob toque de recolher, a Comissão Asiática de Direitos Humanos disse que não houve repressão à manifestação de 10 mil pessoas. Também houve protestos em Sittwe, no litoral noroeste do país.

Durante a tarde, a tropa de choque lançou bombas de gás lacrimogêneo contra os monges que tentavam passar pelas barricadas que isolavam Shwedagon, o templo mais sagrado de Mianmar. Quarta-feira também é o dia sagrado para os budistas. Até 200 monges foram presos no local.

A junta militar, que está refugiada na nova capital, 385 km ao norte, tentou manter os monges fora das ruas, bloqueando monastérios logo pela manhã.

Fonte: Reuters


Para acompanhar os acontecimentos de Mianmar em português, clique aqui.

Poste um comentário e divida seus insights e considerações sobre o texto.

NOTίCIAS

Os militares de Mianmar reprimem as manifestações prό-democracia lideradas por monges budistas


Por Aung Hla Tun

Soldados dispararam nesta quarta-feira tiros por cima das cabeças de manifestantes na principal cidade de Mianmar, levando as pessoas a fugirem para se proteger. As ações para coibir as maiores manifestações contra o governo militar do país em 20 anos vêm se intensificando.

Apesar dos temores de que se repita o derramamento de sangue que ocorreu durante uma rebelião em 1988, quando soldados mataram algo em torno de 3.000 pessoas, testemunhas disseram que o centro da cidade de Yangun está tomado por dezenas de milhares de pessoas.

"Elas estão marchando pelas ruas, com os monges no meio e pessoas comuns nos dois lados. Elas estão protegendo os monges, formando um escudo humano", contou uma testemunha.

Tropas de choque lançaram gás lacrimogêneo contra as colunas de monges tentando passar por barricadas que fecham o templo de Shwedagon, o local mais sagrado de Mianmar e ponto de início das marchas no país.

Ao menos duas testemunhas viram o corpo ensanguentado de um monge sendo levado após forças de segurança terem barrado uma marcha. Não está claro se ele está vivo ou morto.

Até 200 monges foram presos do lado de fora do templo de Shwedagon. Os sacerdotes budistas, a antiga autoridade moral mais alta do país (anteriormente conhecido como Birmânia), desafiam os militares, que governam a nação há 45 anos. "Este é um teste de vontades entre as duas únicas instituições no país que têm poder suficiente para mobilizar as pessoas nacionalmente", afirmou Bradley Babson, ex-funcionário do Banco Mundial em Mianmar.

"Uma das duas instituições vai ruir", observou.

Fonte: Reuters


Para acompanhar o desenvolvimento da situação no país asiático, em português, clique aqui.


Poste um comentário e divida seu insight e suas considerações sobre o texto.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

NOTίCIAS

Cresce o movimento de protesto liderado por monges budistas contra a junta militar em Mianmar

Continua a crescer o movimento de protesto contra a junta militar no poder há 45 anos em Mianmar, a antiga Birmânia, que nesta segunda-feira, 24 de setembro, reuniu mais de 100 mil pessoas nas ruas de Yangun, a capital do país, sob a liderança de milhares de jovens monges e monjas budistas da tradição Theravada.

Nesta terça-feira, 25, os meios de comunicação oficiais birmaneses emitiram advertências explícitas aos manifestantes, vislumbrando a possibilidade de uma resposta dura por parte do regime e reduzindo as chances de uma resolução pacífica apesar de uma forte mobilização internacional.

No mesmo dia, a junta militar decretou um toque de recolher nas duas principais cidades do país, Yangun e Mandalay, que têm sido os principais palcos dos recentes protestos. Além disso, os dois locais passarão a ser considerados área militar restrita. A ordem foi divulgada na terça-feira e será válida a partir desta quarta-feira, 27 de setembro, pelos próximos 60 dias.

Apesar da proibição dos militares de sair às ruas e as ameaças de prender os participantes e até mesmo os observadores das manifetsações, dezenas de milhares de bikkhus e bikkhunis desafiaram abertamente o governo e lideraram nesta terça-feira novos protestos, que conseguiram volta a juntar mais de 100 mil pessoas e prometem continuar nos próximos dias, pondo em sérias dificuldades um dos regimes mais brutais da Ásia .


Para um resumo dos recentes acontecimentos em Mianmar, clique aqui. Para acompanhar o desenvolvimento da situação no país asiático, em português, clique aqui.

Poste um comentário e divida seu insight e suas considerações sobre o texto.

domingo, 23 de setembro de 2007

NOTίCIAS

Monges budistas lideram uma maciça onda de protestos contra o regime militar em Mianmar

H
á sete dias, milhares de monges budistas da tradição Theravada estão liderando manifestações de protesto contra a junta militar no poder há 45 anos em Mianmar, a antiga Birmânia.

No sábado, 22, a histórica líder da oposição birmanesa e Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, mantida em prisão domiciliar pelo regime há 12 anos, saiu pela primeira vez em muito tempo da sua residência e cumprimentou, em lágrimas, os bikkhus que marchavam em frente à casa dela.

De forma inédita, os monges convidaram explicitamente a população a apoiá-los manifestando contra o regime e participando das vig
ílias de oração na entrada de todos os lares, e recusam-se a realizar cerimónias religiosas para funcionários e colaboradores da junta militar, além de marchar com as tigelas de esmola viradas para baixo em sinal de rechaço às ofertas desta última. No domingo, 23, pela primeira vez uniram-se aos protestos também uma centena de monjas. A concentração de domingo em frente ao Pagode de Ouro de Swedagon, principal símbolo do Dharma no país, foi a maior desde o início dos protestos, tendo juntado mais de 20.000 pessoas, metade das quais monges e monjas.

Os protestos começaram cinco semanas atrás, em 19 de agosto, na segunda maior cidade de Mianmar, Mandalay, no Norte do país, como revoltas espontâneas da população contra um aumento vertiginoso do custo do combustível decidido pelo regime, que agravou dramaticamente a situação de um dos povos mais pobres do planeta ao fazer disparar os preços dos transportes internos e de muitos gêneros de primeira necessidade. Inicialmente, desfilaram apenas uns poucos cidadãos descontentes que foram alvo de uma repressão despiadada, com mais de 150 detenções e espancamentos violentos por parte da polícia.

Mais tarde começaram a ir às ruas os monges e, em 5 de setembro, o exército disparou contra eles em Pakokku, ferindo vários. Para aplacar a tensão, o governo enviou 20 funcionários ao templo daquela cidade para pedir desculpas formais aos bikkhus, mas estes mantiveram os representantes governamentais como reféns durante seis horas em sinal de protesto.

Nos últimos cortejos, a maioria dos quais inundaram as ruas da capital Yangon, a oposição dos monges à junta militar alcançou seu ápice com o gesto simbólico das tigelas. A Aliança Global dos Monges da Birm
ânia, a organização que lidera os protestos, apresentou uma plataforma política clara: suas exigências são a diminuição dos preços, a libertação dos presos políticos e uma mundança nas relações do regime com a opisição.

Esta aliança entre o povo e seus filhos de manto vermelho, 19 anos depois da uni
ão dos monges com as forças democráticas que protestavam contra a ditadura militar e foram brutalmente exterminadas, está criando um sério embaraço para o regime, que sempre temeu as rebeliões e os atos de desobediência civil dos bikkhus, procurando mantê-los afastados dos assuntos políticos, pois está ciente do poder de conseguir mundaças sociais que eles têm. Há mais de 400 mil bikkhus e bikkhunis no país, chegando quase ao mesmo número que os soldados, e os monges detêm uma influência enorme sobre toda a população. A Birmânia é um país onde o Dharma encontra-se profundamente enraizado na consciência popular e, muitas vezes, até mesmo camponeses paupérrimos didivem suas míseras rações de arroz com os bikkhus.

Isto coloca a junta militar diante de uma encruzilhada: tolerar os protestos e correr o risco de ser arrasada por uma revolução democrática pacífica e nâo-violenta ou, como aconteceu com o movimento que ganhou as eleições de 1988 (as primeiras e únicas desde o golpe dos generais de 1962), tentar sufocá-la com o risco de que se instaure um novo regime de terror em massa como o que, naquela época, massacrou mais de três mil pessoas e colocou na prisão domiciliar à vencedora nas urnas, Aung San Suu Kyi.


Para acompanhar em portugu
ês o recentes acontecimentos de Mianmar, clique aqui.

Poste um comentário e divida seu insight e considerações sobre o texto.