segunda-feira, 8 de outubro de 2007

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A Junta Militar retira soldados das ruas de Yangun

Por Aung Hla Tun

A junta no poder em Mianmar reduziu drasticamente o número de tropas de segurança em Yangon no domingo, aparentemente confiante de que não enfrentará novos protestos populares contra o regime militar, mas as ruas permanecem tranqüilas e as detenções continuam.

As últimas barricadas foram removidas do centro da ex-capital nas redondezas dos templos de Shwedagon e Sule, que foram o cenário dos protestos reprimidos por soldados que atiraram na multidão e prenderam monges e outros manifestantes.

As poucas pessoas nas ruas disseram ainda estar temerosas. A Internet, por onde imagens dramáticas da repressão às manifestações foram exibidas para o mundo, permanece cortada.

Pessoas nas ruas estavam com medo de dar declarações, embora os generais no poder tenham afirmado pela primeira vez estarem dispostos a negociar com a líder presa Aung San Suu Kyi, mas sob condições que ela não deverá aceitar.

O general Than Shwe, chefe da junta, propôs negociar desde que Suu Kyi abandone o "confronto" e seu apoio a sanções que devem causar "total devastação".

Analistas de Mianmar previnem contra o otimismo já que esperanças de mudanças no passado foram esmagadas com freqüência, principalmente no episódio em que 3.000 pessoas foram mortas durante a repressão a uma revolta em 1988.

O enviado especial da ONU Ibrahim Gambari disse a repórteres na sexta-feira, após reportar ao Conselho de Segurança sobre sua visita de quatro dias a Mianmar, ter visto oportunidades para negociações entre a junta e Suu Kyi, que se encontrou com Gambari duas vezes.

"Nas nossas conversas, ela me pareceu muito ansiosa para estabelecer o diálogo", desde que não houvesse pré-condições, segundo Gambari.

Não foram divulgadas declarações de Suu Kyi, de 62 anos, que passou 12 dos últimos 19 anos em prisão domiciliar em Yangon, sem telefone, recebendo visitas raramente e apenas sob permissão oficial.

A junta afirma que dez pessoas foram mortas durante os protestos que começaram com pequenas marchas contra o aumento dos preços dos combustíveis em agosto. Testemunhas birmaneses, porém, afirmam que o número é muito maior.

Fonte: Reuters


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Leia a Declaração de Suporte à luta democrática birmanesa do Colegiado Buddhista Brasileiro (CBB)

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Burma Watch (Organizaç
ão de suporte ao movimento democrático, em inglês)

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Myochit Myanmar (Blog em inglês e birmanês)

Mr. Jade (Blog em inglês e birmanês)

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