quarta-feira, 26 de setembro de 2007

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Os militares de Mianmar reprimem as manifestações prό-democracia lideradas por monges budistas


Por Aung Hla Tun

Soldados dispararam nesta quarta-feira tiros por cima das cabeças de manifestantes na principal cidade de Mianmar, levando as pessoas a fugirem para se proteger. As ações para coibir as maiores manifestações contra o governo militar do país em 20 anos vêm se intensificando.

Apesar dos temores de que se repita o derramamento de sangue que ocorreu durante uma rebelião em 1988, quando soldados mataram algo em torno de 3.000 pessoas, testemunhas disseram que o centro da cidade de Yangun está tomado por dezenas de milhares de pessoas.

"Elas estão marchando pelas ruas, com os monges no meio e pessoas comuns nos dois lados. Elas estão protegendo os monges, formando um escudo humano", contou uma testemunha.

Tropas de choque lançaram gás lacrimogêneo contra as colunas de monges tentando passar por barricadas que fecham o templo de Shwedagon, o local mais sagrado de Mianmar e ponto de início das marchas no país.

Ao menos duas testemunhas viram o corpo ensanguentado de um monge sendo levado após forças de segurança terem barrado uma marcha. Não está claro se ele está vivo ou morto.

Até 200 monges foram presos do lado de fora do templo de Shwedagon. Os sacerdotes budistas, a antiga autoridade moral mais alta do país (anteriormente conhecido como Birmânia), desafiam os militares, que governam a nação há 45 anos. "Este é um teste de vontades entre as duas únicas instituições no país que têm poder suficiente para mobilizar as pessoas nacionalmente", afirmou Bradley Babson, ex-funcionário do Banco Mundial em Mianmar.

"Uma das duas instituições vai ruir", observou.

Fonte: Reuters


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