sábado, 22 de setembro de 2007

Por Favor, Chama-me Pelos Meus Nomes Verdadeiros


Por Thich Nhât Hanh, 1988

Eu tenho um poema para você. Este poema é sobre três pessoas. A primeira é uma menina de doze anos, uma entre os boat people cruzando o Golfo do Sião. Ela foi estuprada por um pirata e se jogou no mar. A segunda pessoa é o pirata, que nasceu em uma aldeia distante da Tailândia. E a terceira pessoa sou eu.

Eu estava muito irritado, mas não pude tomar partido contra o pirata. Se pudesse teria sido mais fácil, mas não pude. Percebi que se eu tivesse nascido nesta aldeia e tivesse vivido uma vida similar – do ponto de vista econômico, educacional, etc. – é quase certo que seria hoje aquele pirata. Portanto, não é fácil tomar partido. A partir do meu sofrimento, escrevi esse poema. É chamado Por Favor, Chama-me Pelos Meus Nomes Verdadeiros, por que eu tenho muitos nomes e quando você me chamar por qualquer um deles, terei que dizer “sim”.


Continua...
(Clique aqui e leia na íntegra este texto clássico considerado uma referência do Budismo Engajado)

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